Rondônia, 05 de outubro de 2024
Geral

Público e notório - por Carlos Henrique Angelo

Bichim danado esse tal de jornalista. Dizia um amigo que sua principal característica é se considerar público e notório. Mais notório do que público, aliás. Nesse episódio da eleição do Sinjor, que vem ganhando destaque pela revolta manifestada em artigo por Ciro Pinheiro – que nada mais fez do que reverberar a gritaria do candidato derrotado – todo o mundo quer pegar carona em busca de um pouco de luz dos holofotes. E de notoriedade, mesmo que por apropriação indébita, já que a maioria não participou da eleição por não estar em dia com a tesouraria do Sindicato ou com o próprio registro profissional..



Pediu também a destituição unilateral de toda a comissão eleitoral – também composta em assembléia. Os documentos foram recebidos pelo presidente da comissão, Ciro Pinheiro, cuja assinatura lá está para comprovar.

A estratégia do candidato Júlio Aires manifestou-se logo antes da abertura das urnas. Ele apresentou requerimento pedindo o cancelamento das eleições porque a DRT não havia fornecido a relação atualizada dos jornalistas em situação regular e os respectivos salários (quem não acreditar, sugiro solicitar cópia do requerimento, cujo original está arquivado junto à documentação relativa às eleições/2009).

Pediu também a destituição unilateral de toda a comissão eleitoral – também composta em assembléia. Os documentos foram recebidos pelo presidente da comissão, Ciro Pinheiro, cuja assinatura lá está para comprovar.

Quando os votos da capital se mostraram favoráveis à sua chapa, Júlio Aires aquietou-se, não mais falando em processar todo o mundo – sindicato e Marcos Grutzmacher, principalmente. Anunciou até o nome do advogado Ernani Segismundo como a pessoa que iria judicialmente fazer valer o (seu) direito.

Os votos do interior foram selecionados, expurgados aqueles que não vinham acompanhados de documentação do eleitor ou de difícil identificação, e contados, antes da separação daqueles favoráveis a uma ou outra chapa. Até aí, tudo bem. Quando os resultados apresentaram, porém, quarenta votos a favor de Carlos Alencar, contra apenas nove para Júlio, a coisa desandou.

Apareceu até a denúncia de distribuição antecipada da cédula oficial pelo candidato da chapa 1, de votos em cédulas que não continham a assinatura dos membros da comissão – enviadas por fax para os representantes de cada chapa logo pela manhã. É impressionante a confiança que dão a essa conversa de candidato derrotado.

Afinal, as cédulas enviadas por fax foram fotocopiadas para captação dos votos. No processo elas poderiam passar a conter até a assinatura do Papa. Como os votos eram abertos, importante mesmo era a manifestação do eleitor, que passou a ser indicativo de fraude somente depois que derrotou a chapa 2.

Não tenho procuração para defender a quem quer que seja, mas a hipocrisia me agride. Fui membro da comissão eleitoral e acompanhei tudo. Vi Ciro Pinheiro tender pela aceitação das chiadeiras de Júlio Aires, dizendo que as brigas faziam subir sua pressão arterial.

Em momento algum, contudo, falou em renúncia. Ele tocou no assunto dias antes da eleição, mas não mais se manifestou, a não ser em seu artigo. Parece que passou novamente a cogitar da renúncia depois que viu serem anuladas todas as tentativas de favorecer Júlio Aires na apuração. Indignou-se por ter sido “voto vencido”.

A realidade é que na tentativa de ficar bem com todo o mundo e atribuir-se a condição de guardião da moralidade, Ciro acabou por agredir a ética e àqueles que participaram do processo, além de torcer a verdade a favor do candidato derrotado. Aí também não!

A propósito: sugiro aos colegas indignados que regularizem sua situação junto ao sindicato, para que possam participar das eleições e votar no Julinho.
Na próxima.

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