Qualidade garante segurança transfusional
O Brasil tem um dos sistemas de transfusão de sangue mais seguros do mundo. A afirmação foi feita pelo professor Sergio Roberto Lopes Albuquerque, doutor em Biotecnologia e membro da Comissão Técnica de Assessoramento de Avaliações Externas de Qualidade em Imunohematologia do Ministério da Saúde. Sergio Albuquerque, que também é professor da Universidade Federal do Amazonas, esteve em Cacoal no último final de semana (4 e 5) para ministrar aula no curso de pós-graduação de Hematologia da Facimed.
Uma das especialidades de Sergio Albuquerque é a área de segurança transfusional. Ele explicou que os cuidados iniciam-se desde a triagem para a coleta até a transfusão do sangue, no sentido de evitar reações transfusionais causadas, principalmente, em virtude da incompatibilidade sanguínea. Segundo ele, existem recursos, inclusive testes de última geração, que possibilitam a detectação de doenças e de sistemas sanguíneos que não são detectáveis nas técnicas convencionais.
Segundo Sergio Albuquerque, mesmo com o controle eficiente do Ministério da Saúde e a qualidade do serviço de transfusão de sangue do País, ainda há riscos. O perigo maior não está na contaminação por doenças, mas sim nas reações transfusionais não infecciosas. Existem 36 sistemas de grupos sanguíneos e mesmo com toda a tecnologia atual, nenhum lugar do mundo consegue ter o controle de todos esses 36 grupos, disse.
A transfusão de sangue, segundo Sergio Albuquerque, deve ser um dos últimos recursos adotados num procedimento médico. Não podemos dizer ainda que existe 100% de segurança, mas a imunovigilância está cada vez melhor. Não se tem tido notícias de problemas nessa área nos últimos 24 anos, disse.
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