Rondônia, 17 de novembro de 2024
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Resultado da ANP que atesta combustível de boa qualidade em Porto Velho não é confiável, dizem consumidores

Os consumidores de Porto Velho não confiam no resultado da fiscalização realizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) nesta quarta e quinta-feira (16 e17) nos estabelecimentos comerciais, em parceria com o Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon).

Após a ação de verificação da qualidade do combustível e aferição de equipamentos de medição em 29 postos de combustível, a ANP atestou que o produto comercializado na capital é de boa qualidade, mas em enquete realizada pelo Rondoniagora junto a consumidores nos postos, a opinião da clientela é contrária ao resultado.

“Eu não acredito nesse resultado. Eu sempre vou mudando de posto na hora de abastecer. A gente percebe que o combustível é batizado. A ‘corrente’ da moto fica falhando. E se dá problema eu já não volto mais naquele local”, disse o vigilante Moisivaldo Nunes. O vigilante afirma ainda que nem confia nos testes feitos pelos postos. “Se eles adulteram o combustível, vão dar um jeito de fazer com que o resultado do teste também seja favorável a eles”, completou.

Já o comerciante Jérri J. Martins considerou que, apesar de não confiar no atestado de qualidade da ANP, nem todos são iguais. “Depende do lugar. Não tem mesmo como garantir, mas observo como o veículo funciona após receber o combustível. Nunca pedi para fazer o teste, mas se der problema devido à qualidade do produto eu já não abasteço mais naquele posto”.

Segundo o frentista Deusimar Felizberto da Silva, poucos consumidores têm o hábito de pedir o teste antes de abastecer. “Em cinco anos que trabalho com isso, apenas duas vezes me pediram para fazer o teste de qualidade”, justificou. O empresário Nelson Filho não acredita no resultado da ANP, e conta que, tanto se preocupa com a qualidade, que já pediu o teste em um estabelecimento da cidade, e que a atitude gerou multa para o local.

“Eu sempre abastecia lá, e percebi que meu carro não estava funcionando bem. Na oficina me disseram que era em função de combustível adulterado, tinha muita água. Eu fui lá e pedi o teste, que constatou o problema. Foi feita a denúncia, e o posto foi multado por vender o produto batizado”, lembra.

A frentista Tainara Souza está na profissão há sete dias, mas já na primeira semana, recebeu o pedido de teste, que foi prontamente atendido. “Deu tudo certo, ainda bem”. Para a acadêmica Irina Violeta, a única forma de se proteger desse tipo de fraude, é abastecer sempre no mesmo estabelecimento. “Sempre venho no mesmo posto, porque aqui nunca tive problema com relação a isso”.

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