Rondônia, 27 de dezembro de 2024
Geral

Rio Madeira começa a invadir ruas do Cai N’Água em Porto Velho; Vídeo

Com a cheia do Rio Madeira, algumas ruas da região do Cai N’Água, em Porto Velho, começam a ser invadidas pela água. Próximo a feira do produtor rural, o igarapé da região transbordou por conta das intensas chuvas dos últimos dias e a Rua Jaci-Paraná já acumula água. Nessa sexta-feira (15), o nível do rio chegou a 16,33 metros.

Conforme prognósticos do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), há a previsão de que na próxima sexta-feira, dia 22 de fevereiro, o Madeira atinja a cota de 17,53 metros, antecipando o que estava previsto para acontecer somente em março.

Na região do porto público municipal, a Rua Beira Rio também já começa a ser inundada. O local onde várias embarcações atracavam e esperavam para o embarque e desembarque de mercadorias já está alagado. A água também já começa a se aproximar das casas mais próximas do rio.

O pescador Raimundo Nonato Vasconcelos, de 55 anos, mora na margem esquerda do Madeira há mais de 15 anos e diz que, conforme o nível das águas vai subindo, a preocupação dos ribeirinhos aumenta. “Todos os dias eu pesco para levar o que comer para minha família e, neste ano, eu percebi que a correnteza está um pouco mais forte, o que faz a gente redobrar os cuidados porque pode virar o nosso barco. Eu não quero passar pela mesma situação que passei em 2014 porque a água invadiu a minha casa pelo meio e tive que morar em abrigo”, teme Raimundo. 

Flaviano Martins, de 47 anos, é morador do Bairro Triângulo e acompanha todos os dias as notícias sobre a cheia do Rio Madeira. “Eu fico atento porque eu moro na beira do rio e preciso ficar sabendo tudo o que acontece. Ao ler uma notícia que o nível do Rio Madeira vai ultrapassar os 17 metros eu fiquei com medo e já deixei meus familiares em alerta porque se o rio subir mais um pouco eu vou ter que sair de casa”, diz o morador.

“Depois da cheia de 2014 a gente sempre fica apreensivo quando o rio passa dos 15 metros porque a água começa a invadir os terrenos das casas que ficam as margens do Rio Madeira. Eu trabalho fazendo frete no rio todos os dias e o cuidado tem que ser redobrado porque a correnteza e as ondas estão fortes e pode causar uma tragédia se não tiver cuidado”, diz o barqueiro Roberto Moraes da Silva, de 39 anos, que reside às margens do Rio Madeira.

Conforme a Defesa Civil Municipal, as equipes estão em campo fazendo o monitoramento e acompanhando as famílias que residem em áreas de risco de enchente. No entanto, uma das preocupações é com o excesso de lixo encontrado próximo das residências, fato que gera riscos a saúde e atrai animais peçonhentos, além de ratos que transmitem doenças.

O órgão alerta ainda que, em caso de necessidade, há equipe de plantão 24 horas, inclusive nos finais de semana e feriados, que podem ser acionadas pelos telefones 199, disponível das 8h às 18h, e o número 98473-2112, 24 horas. O corpo de bombeiros também poderá ser acionado através do número 193.

SIGA-NOS NO

Veja Também

Enchente: Rio Madeira sobe mais e famílias começam a ser retiradas em Porto Velho

Onze famílias já foram retiradas de casa por causa da cheia do Madeira

Cerca de 700 famílias devem ser afetadas pela cheia do Rio Madeira neste ano, diz Defesa Civil

Justiça determina cancelamento do mega réveillon no complexo da Madeira Mamoré