Rio Madeira volta a subir, chega a 16,47m e desaloja mais famílias em Porto Velho
Os moradores que vivem em área de risco de alagamento em Porto Velho continuam sendo retirados de suas residências devido a cheia do Rio Madeira. Neste sábado (24), a água chegou a várias casas na Rua Limeira, Bairro São Sebastião II, isolando as famílias da localidade. Neste domingo (25), o nível do rio chegou a 16,47 metros.
Desde o dia 19 de janeiro deste ano, quando a prefeitura decretou estado de alerta, 22 famílias tiveram que ser desalojadas e as casas demolidas por apresentarem riscos. Segundo a Defesa Civil, já era esperado esse aumento do rio. Outro fator que também ajudou a desalojar algumas famílias foram as chuvas em Porto Velho nos últimos dias, pois aumentou o nível do igarapés que desaguam no Rio Madeira.
“Nós já estávamos esperando a chegada desse volume e água, devido ao monitoramento que temos feito. Então, além de retirar as famílias das áreas de risco, nós estamos demolindo as casas para que elas não voltem a ser habitadas. Com esse aumento do rio, nossa equipe foi a campo e está atendendo as famílias. Na área urbana, os mais afetados foram as famílias da Rua Limeira, no São Sebastião II”, disse Marcelo Santos, diretor da Defesa Civil Municipal.
Ainda segundo levantamento da Defesa Civil, parte dos moradores que saiu de sua residência já foi contemplada com apartamentos nos conjuntos habitacionais populares e outra foi para casa de parentes.
Apesar da cheia, várias famílias não quiseram sair do local. Elas receberam água da Prefeitura. "O rio já está alto e ainda pode subir mais. Provavelmente, elas devem nos acionar hoje (domingo), para saírem do local", diz Marcelo Santos.
No dia 15 de fevereiro deste ano, as águas do rio chegaram a Rua Rio Machado no Porto do Cai N’água, onde os caminhões carregam e descarregam mercadorias. Na Praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) também já é possível ver a água se aproximando do deck de madeira. Nesta manhã, o cenário ainda era o mesmo já que o nível do rio ainda continua acima dos 16 metros.
Na comunidade de Boa Fé, no Médio Madeira, o terreno de uma residência foi isolado no último sábado (17) por causa do desmoronamento de terra provocado pelos banzeiros de água que está aumentando cada vez mais.
Baixo Madeira
O diretor da Defesa Civil informou que as famílias que residem nos distritos Boa Hora, Mutuns e Ressaca estão ilhados por causa do aumento das águas. A prefeitura disponibilizou barracas e água mineral para os moradores que foram afetados.
Na comunidade de Boa Fé, no Médio Madeira, o terreno de uma residência foi isolado por causa do desmoronamento de terra provocado pelos banzeiros de água que está aumentando cada vez mais.
Plano de Contingência
A Defesa Civil informou que, o plano já está sendo colocado em ação muito antes do anúncio da cota de alerta, 14 metros, com sinalização de locais vulneráveis a desbarrancamento e monitoramento de famílias em área de risco. Os dados do Sipam também foram adicionados ao plano.
Segundo Marcelo Santos, o plano contempla um conjunto de ações que envolvem todas as secretarias do município e do estado, além de outras organizações, com o objetivo de preparar o município contra uma nova inundação ou mesmo prestar socorro às famílias conforme houver necessidade.
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