Rondônia, 24 de novembro de 2024
Geral

Riscos das queimadas: Infectologista pediátrica alerta sobre impactos na saúde respiratória infantil

O Brasil enfrenta um cenário alarmante com o avanço das queimadas em diversas regiões e a consequente piora da qualidade do ar. A densa fumaça que cobre o país, somada ao calor extremo e à baixa umidade, tem colocado em risco a saúde das crianças, grupo especialmente vulnerável. A Dra. Raisa Cattaneo, infectologista pediátrica, faz um alerta sobre os graves efeitos dessa poluição atmosférica, destacando a importância de medidas preventivas.

O período de seca no Brasil favorece o aumento das queimadas, que geram uma fumaça rica em partículas tóxicas, como monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e material particulado fino. A Dra. Raisa Cattaneo explica que essas substâncias são extremamente prejudiciais, principalmente para as crianças, cujos pulmões estão em pleno desenvolvimento.

“A poluição gerada pelas queimadas compromete diretamente o sistema respiratório das crianças, que são mais suscetíveis aos danos. O material particulado fino, presente em grande quantidade na fumaça, consegue penetrar profundamente nos pulmões, causando irritação e inflamação nas vias respiratórias”, alerta a médica.

Entre os sintomas mais comuns observados em crianças expostas à fumaça estão a tosse persistente, chiado no peito, dificuldade respiratória, irritação nos olhos e no nariz, além do agravamento de doenças respiratórias pré-existentes, como asma e rinite.

QUALIDADE DO AR ATINGE NÍVEIS CRÍTICOS

Em várias regiões do país, especialmente no Centro-Oeste, Norte e Sudeste, a qualidade do ar tem atingido níveis considerados insalubres. As partículas presentes na fumaça, em conjunto com poluentes atmosféricos já existentes, estão provocando uma redução significativa da visibilidade e tornando o ar praticamente irrespirável. De acordo com a infectologista pediátrica, “em algumas cidades, a qualidade do ar já está em níveis péssimos, e o uso de máscaras de proteção se torna indispensável para evitar a inalação de partículas tóxicas”.

Além disso, a fumaça proveniente de queimadas em países vizinhos, como Bolívia e Paraguai, tem piorado a situação em estados como Rondônia, Mato Grosso e São Paulo, onde há relatos de ar denso e odor de queimado. Com a previsão de continuidade das queimadas, a tendência é que a qualidade do ar continue a se deteriorar, ampliando os riscos à saúde infantil.

AUMENTO DE CASOS EM PRONTOS-SOCORROS

Com a intensificação das queimadas e a má qualidade do ar, hospitais e unidades de saúde em todo o país estão registrando um aumento expressivo nos atendimentos de crianças com sintomas respiratórios agravados pela poluição. “Crianças com doenças preexistentes, como asma e bronquite, são as mais afetadas. O ambiente saturado de poluentes pode levar a crises mais graves e à necessidade de intervenção médica urgente”, afirma a Dra. Raisa.

EFEITOS DE LONGO PRAZO

A exposição contínua à fumaça pode trazer consequências graves a longo prazo. Estudos indicam que a inalação frequente de poluentes atmosféricos aumenta o risco de desenvolvimento de doenças respiratórias crônicas, além de comprometer o crescimento pulmonar nas crianças.

“O problema não se restringe aos sintomas imediatos. Crianças que crescem expostas a altos níveis de poluição têm mais chances de desenvolver problemas respiratórios ao longo da vida, como infecções pulmonares e condições crônicas”, destaca a médica.

COMO PROTEGER AS CRIANÇAS

Diante desse cenário crítico, a Dra. Raisa Cattaneo lista algumas medidas que os pais podem adotar para proteger a saúde respiratória dos filhos:

Para mais informações e orientações, acompanhe o Instagram da Dra. Raisa Cattaneo clicando aqui

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