Rondônia adere a greve e bancários param na terça
Em assembleia geral na noite de quinta-feira, os bancários de Rondônia, insatisfeitos com a proposta da Fenaban apresentada no dia 19 deste mês, em São Paulo, disseram sim para o início da greve nacional por tempo indeterminado na próxima terça-feira, 30/9.
Os dirigentes sindicais reclamam ainda que, além dos índices insuficientes, os banqueiros não querem atender as reivindicações sociais da categoria, como a preservação do emprego, fim da rotatividade, melhores condições de trabalho, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
Assim como já aconteceu em sindicatos de outros estados, os bancários de Rondônia também não aceitaram esses índices apresentados pelos bancos e vão cruzar os braços por tempo indeterminado. Somente os cinco maiores bancos tiveram lucro líquido de mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, graças em grande parte ao empenho e à produtividade dos bancários e, portanto, os bancos podem sim atender às nossas reivindicações, avalia José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), que acrescentou ainda que neste ano nenhum dos bancos que pagam a PLR Social (Caixa, Banco do Brasil e Banco da Amazônia) garantiram o futuro do benefício aos empregados.
Os dirigentes sindicais reclamam ainda que, além dos índices insuficientes, os banqueiros não querem atender as reivindicações sociais da categoria, como a preservação do emprego, fim da rotatividade, melhores condições de trabalho, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
É verdade que essa proposta apresenta um ganho real de 0,61%, algo inédito nos últimos 10 anos numa proposta inicial. Mas ainda assim temos que ter a consciência de que isso não passa de perfumaria e não vamos nos contentar com isso e vamos para a luta, disparou o diretor de Formação Sindical do SEEB-RO, Cleiton dos Santos.
As principais reivindicações dos bancários
* Reajuste salarial de 12,5%.
* PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.
* 14º salário.
* Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês (salário mínimo nacional).
* Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.
* Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.
* Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.
* Fim das metas abusivas.
* Combate ao assédio moral.
* Isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde.
* Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria.
* Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações.
* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
* Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
* Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
* Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Veja Também
Com foco na segurança viária, governo de Rondônia promove curso de capacitação para mototaxistas
Prefeitura de Porto Velho decreta recesso administrativo entre 19 de dezembro e 4 de janeiro
Nova 364 presta 1,2 mil atendimentos na BR-364 na fase de testes