Rondônia registra 657 novos casos de tuberculose em 2017; Governo inicia ação para conter avanço da doença
A cada ano, cerca de 500 novos casos de tuberculose são descobertos em Rondônia. Neste ano, os dados parciais apontam a notificação de 657 registros em todo o estado, sendo pelo menos 433 deles em Porto Velho. As informações são Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) divulgados nesta sexta-feira (17), Dia Nacional de Combate à Tuberculose.
Segundo Arlete Baldez, diretora da Agevisa, a capital concentra a maior quantidade de casos por possui cerca de um terço da população rondoniense, além de atender pacientes de municípios vizinhos. “Mas existem casos de tuberculoso em todos os municípios e estamos distribuindo um kit que vai ajudar a ter um resultado mais preciso, com um metodologia moderna e que usa biologia molecular”, diz a diretora.
Os kits para a realização de teste rápido molecular para a detecção da doença foram entregues nesta sexta-feira para Porto Velho, Ariquemes, Vilhena, Cacoal e Ji-Paraná. “A estratégia desse corpo técnico foi implantar esses equipamentos nas regionais de saúde que são polos base e os municípios vizinhos irão utilizar a regional para a detecção, confirmação e indicação para o tratamento. Os equipamentos são de alta qualidade na detecção da doença e cada um está avaliado em mais de R$ 150 mil. É um investimento de R$ 600 mil que nós estamos disponibilizando com recursos próprios para que possamos combater essa doença”, explica o secretario de estado da Saúde, Williames Pimentel.
Tratamento
Conforme Arlete Baldez, apesar do tratamento para tuberculose estar disponível gratuitamente na rede pública pelo SUS, ainda há registros de mortes pela doença. Umd os principais motivos seria o abandono ao tratamento, que deve ter duração de seis meses.
“O paciente chega debilitado, com febre e, em poucos dias, se restabelece. Ao iniciar o tratamento, em 60 dias volta toda a força e dá uma falsa impressão ao paciente que está curado. Mas o bacilo (bactéria) ainda está lá. E com essa falsa impressão, ela acaba abandonando o tratamento no segundo ou terceiro mês. Fazendo isso, a doença retorna depois de forma mais grave e resistente às drogas que do tratamento e é aí que podem ocorrer mortes”, esclarece a diretora da Agesiva, que ressalta que o tratamento, se feito de forma e no prazo determinados, tem “eficácia perto de 100%”.
O novo equipamento, distribuído aos municípios, detecta o bacilo da tuberculose em apenas duas horas, verificando qual o melhor antibiótico para o tratamento. Segundo Pimentel, cerca de 20% dos pacientes abandonam o tratamento e por isso era feita uma “busca ativa de pessoas que abandonam o tratamento”.
Os sinais e sintomas da tuberculose são tosse por mais de três semanas seguidas, com ou sem catarro, falta de apetite, perda de peso, cansaço excessivo, dor no peito, febre no fim do dia e suor noturno. Ao sentir os sintomas, o paciente deve procurar qualquer unidade básica de saúde, o mais rápido possível, e solicitar o teste rápido.
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