Rondônia, 25 de dezembro de 2024
Geral

São Lucas apresenta trabalhos científicos no Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Os Professores Doutores Carolina Bioni, Rodolfo Korte, Sérgio Basano e Luís Marcelo Aranha Camargo, da Faculdade São Lucas (FSL), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), em conjunto com alunos da FSL e da Unir, apresentarão trabalhos científicas durante o Congresso Anual da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, que será realizada no mês de março, em Recife (PE). Os trabalhos científicos são sub-produtos de suas teses de doutoramento e de trabalhos científicos dos alunos com bolsas PIBIC do CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica.
Os trabalhos destacam doenças regionais, como mansonelose (causada pelo helminto Manosnella ozzardi e transmitida pelo borrachudo) e a filariose linfática ou elefantíase (causada pelo helminto Wuchereria bancrofti e transmitida pelo Culex, pernilongo comum) e a leishmaniose tegumentar americana (transmitida pelo flebotomíneo). A mansonelose é uma doença ainda pouco conhecida, tanto em seu aspecto clínico como em relação ao seu tratamento. Em algumas áreas ribeirinhas do rio Purus (Amazonas), por exemplo, 80% da população apresentam-se parasitadas. A FSL desenvolveu em seus laboratórios o diagnóstico molecular (reação da polimerase em cadeia-PCR) da doença, sob orientação do Doutor Odécio Cáceres, bolsista DCR do CNPq e fomentado pela Fapesp.
Em Porto Velho, a ocorrência de filariose bancroftiana foi diagnosticada na década de 50 pelo cientista mineiro Doutor René Rachou. Na ocasião o pesquisador considerou os casos como sendo “importados” de outros estados e não oriundos de Porto Velho. Os estudos visam identificar se há atualmente a transmissão da filariose em Porto Velho e, em sendo afirmativo, identificar os locais de transmissão. Até o momento foram examinadas em torno de 2.500 pessoas e mais de 3.000 mosquitos (Culex) sem que o parasita tenha sido encontrado. A proposta é ampliar a amostra para confirmar os achados, de extremo interesse para a comunidade e para o Ministério da Saúde. Com relação à leishmaniose, estuda-se no município de Monte Negro, interior rondoniense, a composição da fauna de vetores, quais as espécies que estão envolvidas na transmissão e se a saliva do inseto tem ação protetora ou promotora da doença em humanos.
No Congresso Anual da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, os pesquisadores da FSL vão apresentar os seguintes trabalhos: “Estudo comparativo da hemoscopia e da PCR para o diagnóstico humano de Mansonelose (Mansonella ozzardi, Nematoda: Onchocercidae) ao longo do rio Purus, Lábrea, Amazonas, Brasil”; “Estudo da ocorrência de Mansonelose (Mansonella ozzardi, Nematoda: Onchocercidae) na população do município de assis brasil, Acre, Brasil”; “Simulidofauna de Rondônia: lista preliminar de espécies”; “Fauna de flebotomíneos do município de Monte Negro, Estado do Rondônia, Brasil”; “Aspectos clínicos e epidemiológicos da Mansonelose (Mansonella ozzardi, Nematoda: Onchocercidae) ao longo do rio Purus, Lábrea, Amazonas, Brasil”; “Estudo da ocorrência de filariose em bairros ribeirinhos de Porto Velho, Rondônia, Brasil”; “Resultados preliminares sobre a ocorrência de Mansonelose (Mansonella ozzardi, nematoda: Onchocercidae) e de seus vetores (simulídeos), em população urbana e ribeirinha de Porto Velho, Rondônia-Brasil”; “Estudo da ocorrência de filariose bancroftiana no município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil”.

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