Rondônia, 07 de novembro de 2024
Geral

Secretaria diz que João Paulo II está há mais de 20 dias sem pacientes na garagem

Garagem do João Paulo II antes e depois (Foto: Secom/Divulgação)

O Hospital e Pronto-Socorro João Paulo II, que há décadas enfrentava um problema crônico, a superlotação com pacientes internados na garagem da unidade (tomando sol e chuva) ou em cadeiras, completa nesta segunda-feira (27) exatos 23 dias sem nenhum paciente internado nestes locais. Isso só foi possível devido a uma série de ações tomadas pela atual gestão, de tolerância zero à falta de dignidade e humanização aos pacientes e servidores da unidade.

O começo dessa virada de página foi com a criação, pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), em janeiro, do “Grupo SOS João Paulo” composto por servidores para resolver o problema da superlotação na unidade que recebe diariamente pacientes de todo o estado com um fluxo de entrada maior do que o de saída de pacientes.

Entre as múltiplas ações, no dia 3 de maio, aconteceu o início da transferência destes pacientes que estavam internados no chão, em cadeiras e na garagem para dois hospitais particulares da capital, que participaram de um processo transparente (onde todos os hospitais da capital puderam participar) para contratação de 60 leitos.

“Agora, além do Santa Marcelina e Hospital de Base, temos mais dois hospitais particulares para acomodar estes pacientes. Foram décadas de notícias ruins mostrando pessoas internadas indignamente, mas não vamos mais admitir ninguém ser tratado desta forma. Quando retiramos estes pacientes, beneficiamos também os servidores, que conseguem atender melhor e ter um local de trabalho menos sobrecarregado dentro do que é possível”, frisou o secretário de Saúde, Fernando Máximo.

A estruturação do Ambulatório de Traumato Ortopedia (ATO), inaugurada no dia 14 de maio, também foi vital para agilizar o processo de desocupação de leitos e enfermarias por pacientes com pequenas fraturas que podem ser resolvidas neste ambulatório, deixando os leitos do João Paulo para casos mais graves.

“Antes, ficavam internados no JPII até três dias aguardando uma pequena cirurgia, e agora são atendidos de forma mais rápida. Com isso, o paciente sofre menos e os leitos são desocupados para outros pacientes”, diz Carlos Eduardo, diretor do pronto-socorro.

Foi também pactuada a mudança de fluxo no atendimento a pacientes com suspeita de doenças como meningite e tuberculose, que também eram encaminhados ao JP II e passarão a ser referenciados direto ao Cemetron.

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