Secretário de Saneamento do Sindur não pode se aproximar da Caerd
Agentes policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) também estiveram na sede do Sindicato dos Urbanitários (Sindur), em Porto Velho, durante cumprimento de mandados de busca e apreensão determinados pelo Poder Judiciário e referentes a “Operação Kairós”.
No Sindur a ação era específica para apresentar mandado determinando que o Secretário de Saneamento e Política Ambiental, Wilson Lopes, não se aproxime do prédio da Caerd.
De acordo com o que apurou o RONDONIAGORA apesar das investigações terem iniciado no ano passado, o esquema teria começado durante a gestão compartilhada na administração de Rose Sena, na época do ex-governador Ivo Cassol. Há um mandado para que Rose não se aproxime da Caerd por 15 dias.
Há cerca de um mês o jornal publicou outra irregularidade na gestão compartilhada: um “rombo” de pelo menos R$ 100 milhões nos cofres da Caerd de valores pagos indevidamente a pouco mais de 700 servidores de carreira. As conclusões com o parecer pela devolução dos recursos públicos foram encaminhadas ao Tribunal de Contas e Ministério Público para responsabilização cível e penal dos envolvidos no maior escândalo de sangria do já combalido caixa da estatal.
Operação Kairós
Os desvios de recursos na Caerd descobertos pela Polícia Civil de Rondônia podem ser superiores a R$ 8.487.000 em licitações dirigidas, apontam investigadores da “Operação Kairós”, deflagrada nesta terça-feira.
De acordo com a Polícia, a investigação teve início em julho de 2015 e as provas já colhidas comprovaram a existência de grupo criminoso com 11 investigados principais.
Durante a investigação se verificou que outros procedimentos licitatórios apresentavam o mesmo esquema, daí a necessidade de ampliar a apuração para dimensionar o tamanho do esquema criminoso.
Foram determinadas 11 medidas cautelares entre proibição de acesso à sede da empresa, suspensão de função pública ou atividade de natureza econômica. Foram mobilizados 22 policiais civis entre delegados, agentes e escrivães, em 7 viaturas.
O foco da operação é reprimir organização criminosa atuante em processos licitatórios da Caerd com amparo de servidores da autarquia, em nível de gestão, e com a finalidade obter vantagem econômica ainda que para isso tivessem que promover falsidades documentais diversas, descumprir a lei de licitações praticando o fracionamento de despesa, fraudando o enquadramento e publicidade do certame, terceirização da atividade fim, induzindo o resultado da licitação, entre outros.
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