Segunda fase da Operação “Boi Gordo” cumpriu mandados de busca e apreensão

Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta quinta-feira (12), em Porto Velho e Ariquemes, durante a segunda fase da Operação “Boi Gordo”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP). Os alvos foram residências e escritórios de advocacia, segundo informou o promotor João Francisco Afonso, durante uma coletiva de imprensa.
A Operação “Boi Gordo” tem como objetivo investigar as informações repassadas em uma delação premiada ao MPF referente a supressão de tributos envolvendo o grupo JBS. Entre os alvos da primeira fase, estavam o vice-prefeito, Edgar do Boi, o ex-delegado regional de Fazenda de Ariquemes e o contador Clodoaldo Andrade proprietário da empresa Rio Madeira Contabilidade.
O promotor explicou, que o desdobramento da segunda fase realizada nesta manhã, foi devido a novos fatos que chegaram com a deflagração da primeira. “Os novos fatos foram levados ao juiz, que autorizou as buscas em residências e escritórios de advocacia. Não houve mandados de prisão”, disse João Francisco Afonso.
Segundo o promotor, desde a fase anterior foram coletados novos elementos de convicção, que exigiu uma nova coleta de provas para se formar o convencimento acerca da extensão das atividades criminosas anteriormente mencionadas, referentes ao ilícito de redução e supressão de tributos no âmbito de uma organização criminosa. “São valores substanciais, que deixaram de entrar nos cofres públicos. Através dessas medidas apuradas pelo judiciário, a pedido do MP e Polícia Civil, nós vamos coletar novos elementos tanto da materialidade quanto da autoria desses ilícitos cometidos”, explicou João Francisco Afonso.
Na segunda fase, aumentou o número de novos investigados, através de novas informações que chegaram ao Ministério Público e Polícia Civil. “Apuramos o envolvimento de outras pessoas nessa organização criminosa. Os levantamentos são de lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa. Aproximadamente seis ou sete pessoas estão envolvidas nesses crimes que estamos investigando”, esclareceu o promotor João Francisco Afonso.
Com todo o material apreendido na primeira e segunda fase, os investigadores poderão saber se as pessoas mencionadas na operação anterior continuam atuando na organização criminosa, além da extensão do dano causado e quem são as pessoas que causaram esses danos.
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