Seis crianças estão internadas com suspeita de H1N1 no Hospital Cosme e Damião
Seis crianças, com idades abaixo de 10 anos, estão internadas no Hospital Infantil Cosme Damião, em Porto Velho, com suspeita de gripe H1N1, segundo informou a médica infectologista Antonieta Machado, na manhã desta quinta-feira (4). Os pacientes estão sendo medicados e foram colhidas amostras, para testes do vírus, que foram enviados para um laboratório fora de Rondônia.
Entre os pacientes estão crianças da capital, interior do Estado e uma do município de Humaitá (AM) que, segundo a médica, chegaram ao hospital apresentando febre, tosse, dor de garganta e falta de ar. “O que mais chama a atenção dos médicos é quando a criança está com falta de ar que nós internamos imediatamente. Após isso, são coletadas as amostras e encaminhamos para outro Estado e esperamos o resultado para saber se confirma ou não a doença, porque às vezes pode ser algum outro vírus que causou um quadro mais exuberante”, esclareceu Antonieta Machado.
Devido as suspeitas, as crianças ficam no isolamento, para evitar contato com outras crianças internadas. “Ao dar entrada no hospital com a suspeita da doença, a criança é levada para o isolamento onde é feito toda a conduta de tratamento com a medicação específica e a coleta do material para o exame. Quando os profissionais vão atender esse paciente, eles colocam a roupa de proteção individual correta para poder fazer a assistência dessa criança”, explicou a médica infectologista.
Cuidados dos pais
Os pais devem ficar atentos e todo quadro de resfriado com febre, tosse, dor de garganta e falta de ar, a criança precisa ser levada primeiramente no posto de saúde mais próximo de sua casa ou em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Caso lá seja evidenciado que se trata de uma evolução um pouco maior, onde a criança está com falta de ar, vomitando e não está se alimentando bem, ela é encaminhada para o Cosme Damiao onde serão feitos todos os exames necessários”, disse Antonieta Machado.
A residência da criança com a suspeita da doença recebe a visita da equipe da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) para saber quais pessoas ela tem contato. “Toda vez que temos um caso suspeito, nós preenchemos uma fixa de notificação onde é enviada imediatamente à Semusa e uma equipe vai até o domicílio dessa criança. No local eles analisam o ambiente, muitas vezes pegam o cartão de vacina e verificam se tem a vacinação no último ano. Se não tiver vacinado, as pessoas que moram na casa são vacinadas, mas isso só se houver a necessidade”, informou a médica infectologista.
Prevenção
Para se proteger contra a infecção ou evitar a transmissão do vírus, a médica infectologista recomenda que os pais lavem as mãos das crianças com água comum ou com álcool em gel. “É importante evitar aglomerações e o contato com pessoas que estejam com quadro de resfriado”, alertou.
Manter hábitos saudáveis, alimentar-se bem e beber bastante água, não compartilhar utensílios de uso pessoal, como toalhas, copos, talheres e travesseiros e evitar frequentar locais fechados ou com muitas pessoas também ajuda na prevenção da doença.
Vacinação
A partir da próxima quinta-feira (10) começa a vacinação em todo o Estado contra a influenza H1N1. “Nós orientamos que os pais não deixem de imunizar seus filhos e procurem os postos de vacinação mais próximos de sua casa porque essa é a melhor forma de prevenção da doença. Estamos num momento em que não temos muitos casos de influenza, mas precisamos evitar que esses casos aconteçam que é fazendo a imunização através da vacinação”, finalizou a Antonieta Machado.
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