Rondônia, 22 de dezembro de 2024
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Semusa diz que falta de remédio é caso isolado; site é lançado para paciente verificar estoque

A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) de Porto Velho lançou na manhã desta quinta-feira (24) um site para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) acompanharem o estoque de medicamentos disponíveis na Central de Abastecimento Farmacêutica. Por outro lado, a pasta negou que estejam faltando medicamentos nos postos de saúde, mas diz estar enfrentando problemas com alguns fornecedores. “O site irá mostrar os lugares onde têm e onde não têm os remédios para a população, pois pode não ter em uma das unidades, mas na outra sim. Se realmente não tiver nos estoques aqui na Central de Abastecimento Farmacêutico você poderá ver no site. E se não estiver em estoque, se tiver em uma farmácia e não na outra, o site também irá mostrar”, diz a farmacêutica Eriane Lemos de Lima.

Em relação à reportagem publicada pelo RONDONIAGORA sobre a falta de medicamentos nos postos de saúde, Eriane diz que podem ser casos isolados de região, ou seja, não estão em falta. “Dessa lista apresentada, a gente pode observar que alguns como insulina e sulfato ferroso não estão em falta na unidade. E outros como amoxilina, ibuprofeno e cefalexina a gente tem em suspensão oral e gotas. A cefalexina, ibuprofeno e ranitidina (comprimidos) a gente zerou recentemente nos nossos estoques”, garante a farmacêutica.

Segundo ela, a compra dos medicamento foi feita por ATA de registro de preços e o empenho ainda está dentro do prazo de validade. “Porém a empresa fornecedora está em atraso com a entrega tem mais de 90 dias. A gente tem muito problema com o mercado farmacêutico, que é instável, além de fracassar nos processos de compra, mesmo o item disponível para gerenciamento e empenhado, a gente tem problema com fornecedores inadimplentes. As providências tomadas são de fazer notificações para os fornecedores, contatos telefônicos, acionar o jurídico para a cobrança de multa, enfim. O último estágio é o cancelamento do item em ATA e chamar o segundo colocado, mas isso é burocrático e demora um tempo”, alega.

Citando os casos específicos, Eriane diz que o fornecedor da amoxilina pediu prazo de 30 dias para poder entregar nova remessa do medicamento. Já o do ibuprofeno o fornecedor pediu o cancelamento do contrato. “Mas o ibuprofeno a gente tem três apresentações na rede, que é o gotas, o de 600 e o de 300. Então foi chamado o segundo colocado, está em fase de publicação de alteração em ATA e a gente vai gerenciar o de 600 miligramas em substituição ao de 300”, afirma a farmacêutica.

Estoque nos postos

De acordo com a Semusa, a existem 73 unidades que são atendidas mensalmente com abastecimento de medicamentos e se houver falta, é que porque a direção ou mesmo os funcionários não avisaram a tempo a secretaria para que o estoque fosse reposto. “Faça sua solicitação antes de acabar mesmo, porque a gente tem um pedido grande, que é mensal, que a gente atende todos os itens básicos da farmácia de uma vez só e a unidade está, também, aberta para fazer pedidos ao longo do mês, se for necessário, para repor estoque. Para fazer abastecimento de unidades que não possuem o medicamento, é preciso de um feedback da mesma falando. Assim que tiver a reclamação, a central manda o remédio para aquela unidade”, diz.
Para ter acesso a lista de medicamentos gerenciadas pelo município CLIQUE AQUI

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