Semusb continua mutirões de limpeza e pede mais colaboração dos moradores de Porto Velho

Vários servidores da Secretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb) continuam limpando ruas e avenidas, canteiros, canais, bueiros e galerias para evitar o acúmulo de lixo em locais inadequados, além de tentar deixar Porto Velho uma cidade mais limpa. No entanto, em alguns casos, o resultado dos mutirões é pouco percebido devido a pessoas que insistem em jogar lixo em locais proibidos.

Na última sexta-feira (16), uma equipe de engenharia da Semusb encontrou garrafas, latas, sacolas, vasilhas plásticas e até mesmo um monitor LCD para PC dentro de caixas coletoras na Rua Daniela com a Rua Ana Sobral, no Bairro Lagoinha, na Zona Leste da capital. O local sofre com constantes alagamentos.

Para evitar que o local volte a ficar tomado por lixo, o subsecretário Wellen Prestes alerta sobre as penalidades para quem descarta lixo de forma irregular e pede que a população denuncie o local. “Quem flagrar pode ligar no 0800 647 1390, no Setor de Fiscalização da Semusb, para que tomemos providências. E, mais uma vez, pedimos a colaboração da população, pois, se o morador não se conscientizar e esse descarte continuar, teremos em menos de 50 anos a maioria dos nossos rios totalmente poluídos”, pede o subsecretário.

Os mutirões de limpeza também incluem roçagem do mato, como que está sendo feito na Avenida Guaporé e Rua Rio de Janeiro e também na BR-364 e marginais. Os trabalhos são realizados por aproximadamente 25 servidores com a ajuda de maquinário fazendo o roço, poda e jardinagem da área. Sobre a BR-364, o diretor de Limpeza Urbana, Douglas do Monte, pede que a colaboração da população.

“O pedido do prefeito é que a gente sempre deixe o local limpo e roçado para dar uma visibilidade melhor para os condutores de caminhão, motocicletas, carro, ciclistas e para quem chega à cidade. Mas para isso, nós precisamos também que a população nos ajude a manter o que está sendo feito não jogando lixo na BR, nas ruas do município para que o trabalho dos nossos servidores não seja em vão”, pede o servidor.

Ainda de acordo com o diretor, as equipes de limpeza encontraram muito lixo nas marginais, entre latas de cerveja, sacos plásticos e até lixos domésticos descartados na rodovia e nas marginais. “Nós realizamos os trabalhos e depois retornamos para fiscalizar se a população está colaborando, mas sempre tem aqueles, que são a minoria, que acabam não colaborando com nosso serviço”, avalia.

Para o subsecretário Wellen Prestes, jogar lixo na rua “chega a ser cultural em algumas regiões da cidade. O morador pega seu lixo e lança no córrego mais próximo sem se preocupar que aquele resíduo vai contribuir para o mau cheiro, para futuros alagamentos, para atrair bichos peçonhentos e doenças. Tem locais que a gente passa numa semana não deixa uma garrafa pet sequer, fica tudo limpo e na outra lá está o canal entupido de latas, garrafas, peças de eletrodomésticos, sofás, colchões e outros. Daí temos que deslocar mais uma vez uma equipe que poderia estar limpando outro ponto da cidade para voltar no local”, lamenta o subsecretário da Semusb.

Sobre o canais, o engenheiro Gabriel Braga diz que a população precisa lembrar que eles têm “a função de levar as águas das chuvas para o igarapé mais próximo e daí, para o rio mais próximo. Por isso trabalhamos no combate a ligações clandestinas de esgotos para os canais. Nem a água da pia e banheiro devem ir para a rua e sistema de drenagem. O correto é que esse sistema receba apenas água das chuvas, mas infelizmente não é o que acontece. O que mais encontramos são esse tipo de ligações além de muito lixo”.