Serviço de Atendimento Multidisciplinar Domiciliar é mantido com salário de servidores

Com um único carro à disposição, as equipes médicas chegam a utilizar o próprio carro para fazer os atendimentos. Eles também compram materiais de insumo e equipamentos para poder trabalhar. Além disso, até o combustível também foi reduzido.
Mas enquanto os estados que implantaram este tipo de programa comemoram os avanços na gestão do sistema público de saúde, em Rondônia o projeto não deslanchou. Para se ter uma ideia, o programa tem menos recursos hoje do que quando foi inaugurado. Na época, o Corpo de Bombeiros doou duas ambulâncias e o Detran cedeu dois carros e cinco motos. Atualmente, o serviço não dispõe de nenhuma ambulância. Elas foram remanejadas para o município de Buritis e o distrito de Extrema, disse o médico Leonardo Moreira Pinto, coordenador do SAMD, .
Com um único carro à disposição, as equipes médicas chegam a utilizar o próprio carro para fazer os atendimentos. Eles também compram materiais de insumo e equipamentos para poder trabalhar. Além disso, até o combustível também foi reduzido.
Na tentativa de sair do limbo, fazer o programa funcionar como deveria e receber repasses do Ministério da Saúde, a coordenação do SAMD elaborou um projeto que já foi aprovado, por unanimidade, no Conselho Municipal de Saúde, e nesta quinta-feira, 29, passa pelo crivo do Conselho Estadual de Saúde (CES).
Caso seja aprovado, o projeto será enviado para o Ministério da Saúde para ser habilitado a receber recursos federais. Mas, conforme adiantou Raimundo Nonato, presidente do CES, o esforço dos funcionários do SAMD para manter o serviço funcionando corre o risco de ser anulado. O critério de aprovação do CES tem como base as condições estruturais dos programas, adiantou Nonato.
Se consolidada, a declaração do presidente do CES pode frustrar o projeto de independência orçamentária elaborado pela equipe do SAMD. Dependemos dessa aprovação para mudar a situação em que estamos e as condições de trabalho. Temos capacidade para atender, só não temos estrutura. Agora, se o projeto tiver que ser aprovado na medida do que a gente pode fazer hoje, fica muito complicado. Iremos morrer na praia, destacou a médica Elza Gabriela de Barros Pereira, que atua no SAMD.
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