Rondônia, 06 de maio de 2024
Geral

SERVIDOR DA SEDUC "FOI EMPURRADO NO RIO MADEIRA"

O servidor público Moisés Lima morreu no dia 15 de janeiro durante viagem ao Distrito de Nazaré, onde entregaria equipamentos a escolas públicas mantidas pelo estado. Era mais um entre tantos deslocamentos que ele fazia com o mesmo objetivo. Foi o último, com desfecho trágico para o rapaz de 39 anos que conhecia toda a movimentação de entrada e saída de materiais no setor onde era lotado, o almoxarifado da Secretaria Estadual de Educação. Há alguns meses, o Governo de Rondônia vem sendo cobrado a se explicar sobre o roubo de equipamentos eletrônicos, dentre eles TV´s de Led, computadores e centrais de ar condicionado, que saíram misteriosamente de dentro da Seduc. Todos os aparelhos deveriam servir às escolas públicas já a partir deste ano e foram adquiridos por R$ 1 milhão, frutos de convênio com o Ministério da Educação.



"Vejam como nós vivemos. Somos pobres e só queremos o que é nosso. Meu marido era um homem honrado", afirmou. Selma diz não ter apoio do Estado e faz um alerta grave: "se botarem culpa no morto (marido dela) eu vou contar tudo que sei". Questionada sobre o que ela sabe, Selma foi enfática: fui na casa de funcionários da Seduc que tem até central de ar no banheiro".

"Foi queima de arquivo. Nós não temos dúvidas", afirma o irmão da vítima, João Paulo Lima. Ele conta que a testemunha do possível assassinato reconheceu a pessoa, um tripulante, que teria empurrado Moisés no rio. Maria Selma nega que o marido estivesse envolvido no esquema que, de acordo com a polícia, envolve cerca de 21 trabalhadores do Estado e até vigilantes de uma empresa particular.

"Vejam como nós vivemos. Somos pobres e só queremos o que é nosso. Meu marido era um homem honrado", afirmou. Selma diz não ter apoio do Estado e faz um alerta grave: "se botarem culpa no morto (marido dela) eu vou contar tudo que sei". Questionada sobre o que ela sabe, Selma foi enfática: fui na casa de funcionários da Seduc que tem até central de ar no banheiro".

A mãe de Moisés, dona Ambrosina Lima, disse que o filho estava de férias e não queria viajar naquele dia. "Ele me disse que não queria ir, pois não sabe nadar. Mas ele tinha superiores muito autoritários. Meu filho saiu animado, saudável, e não voltou mais com vida. Irei às últimas consequências, mas esses bandidos vão pagar pelo que fizeram".

O irmão de Moisés diz que apenas a testemunha da família foi ouvida. Há sete pessoas que, segundo ele, moram em Nazaré e têm muito a dizer à polícia, mas ainda não foram chamadas a depor. "Me estranha muito que o inquérito tenha sido concluído com a tese de afogamento. Isso não é coisa de gente séria. Não vamos descansar enquanto não houver justiça", disse ele.

O telefone celular de Moisés, que agora está em poder da esposa, estaria grampeado, segundo suspeita a família. Eles participaram, dias atrás, da passeata que pede paz em Porto Velho, organizada por parentes de vítimas da impunidade. "A morte do meu filho é mais um crime que ainda não está esclarecida. Não acreditem nessa história de afogamento. Isso é um absurdo", finalizou dona Ambrosina.
 

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