Setembro Verde: Campanha chama a atenção para a doação de órgãos e tecidos
Em Rondônia, 370 pessoas aguardam na fila por um transplante de córnea ou rim. São pessoas de todas as idades que veem no seu próximo, uma esperança de voltar a enxergar, ter a saúde restabelecida e até mesmo permanecerem vivos, e para isso, dependem da solidariedade ou do próprio doador, quando são doadores vivos ou da família de doadores, em caso de doação após óbito. E para chamar a atenção para este delicado assunto, o mês de setembro é dedicado à campanha nacional de incentivo a doação de órgãos, conhecida como “Setembro Verde”.
O principal objetivo da campanha é conscientizar a sociedade sobre a importância da doação e explicar para o maior número de pessoas como funciona o processo de doação de órgãos no Brasil e como um único doador pode salvar até 8 vidas.
Em Rondônia, na quinta-feira (1°), a campanha foi aberta oficialmente no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro e contou com a presença de profissionais da Saúde, que atuam em diversas Unidades de Saúde no Estado.
Renata Restier, enfermeira Coordenadora da Central de Transplantes de Rondônia, explica que a Unidade de Saúde é credenciada pelo Sistema Nacional de Transplante - SNT, para realizar remoção e transplante de rins e córneas. “A equipe especializada nessas atividades se encontra em Porto Velho, e quando há uma doação de órgão ou tecido, esta se desloca para qualquer hospital do Estado que esteja apto ao procedimento de realizar a captação”, explica a coordenadora.
Ele reforça que, mesmo que exista em Rondônia uma fila de espera, inúmeras famílias demonstraram solidariedade por meio da doação de órgãos e tecidos. De 2017 a 2021 foram 480 doações. Esse gesto solidário oportunizou a realização de 345 transplantes de córneas e 95 transplantes renais, este último contando doadores vivos e falecidos.
Para Semayra Gomes, titular da Secretaria de Estado da Saúde - Sesau, quanto mais pessoas envolvidas na campanha, mais o resultado pode ser positivo para quem espera por um ato de amor e solidariedade. “Quando as pessoas conseguem entender a grandeza desse ato, mesmo em momento de dor, se desprendem e atendem ao próximo, mas muitos ainda precisam compreender o processo que envolve a doação”, define a secretária.
Como doar?
Se você quiser se tornar um doador, a atitude mais importante é informar esse desejo a seus familiares, uma vez que, após sua morte, eles decidirão sobre a doação.
Não é obrigatório deixar nada por escrito. No Brasil a doação de órgãos é consentida apenas pela família, mediante assinatura de termo de autorização. Os familiares que podem autorizar a doação são os pais, filhos, avós, netos, irmãos e cônjuge (ou companheiro em união estável).
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