Sindsef critica planos de saúde, cobra assistência a contaminados do DDT e chama encontro para discutir privatização no setor
Dos dez planos de saúde que, atualmente, atendem os servidores públicos federais, nenhum se enquadra no conceito de eficiência. A avaliação foi feita pelo presidente do sindicato da categoria, Daniel Pereira, durante seminário de um dia, realizado nesta quarta-feira, no Auditório da Funasa, para discutir o Programa Nacional de Atendimento aos Funcionários da União. Um é mais ineficiente que o outro. Nós propomos um plano único, aberto, com gerenciamento transparente e métodos de atendimento dignos, disse.
A ideia será levada ao Congresso que o Sindsef realizará entre os dias 5 e 8 de outubro em Ji-Paraná, com o propósito de avaliar a ideia de privatização da saúde. Na ocasião, será cobrada do Ministério da Saúde soluções para uma demanda específica e extremamente preocupante: o tratamento aos intoxicados pelo inseticida DDT, veneno utilizado durante o ciclo da borracha, na Amazônia, para o combate á malária e outras doenças tropicais. Atualmente, os ex-guardas da extinta Sucam, que manipulavam o produto, sofrem de cânceres diversos, têm idade avançada e , para garantir assistência médica mínima, se desfazem de seus patrimônios (casas, terrenos) para custear o tratamento. Uma Proposta de Emenda Constitucional tramita, sem perspectiva de aprovação, no Congresso Nacional, pedindo indenização no valor de R$ 100 mil por trabalhador infectado.
O gestor do programa de atendimento aos servidores federais em Rondônia, Fernando Acosta, informou que o objetivo do encontro é avaliar os dois anos e meio de efetiva implementação no estado. Ele pontuou alguns avanços, como o encurtamento de prazos para perícias médicas e licenças, mas abriu questionamento sobre a autonomia financeira do programa. Nosso orçamento é zero. Para trazer um palestrante temos que fazer vaquinha. A definição de um orçamento próprio é prioridade das prioridades, disse.
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