Sticcero fiscaliza acidente com torre em Chupinguaia e fará relatório
O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil do Estado de Rondônia (Sticcero) apura o acidente que vitimou dois trabalhadores e feriu um em Chupinguaia, na última sexta-feira. Os sindicalistas Toco, presidente do Sticcero, Eleoni Sebastião Laia, diretor executivo e Ademilton Santos Borges, assessor da presidência, estiveram no final de semana no local do acidente e visitaram o trabalhador acidentado e colheram dados para elaborar um relatório.
Toco, em contato mantido com os órgãos de imprensa do Cone Sul, disse que a torre caiu por falta de uma peça, chamada "gabarito", e que daria sustentação para o trabalho que os trabalhadores estavam fazendo.O dado importante é que na quinta-feira os trabalhadores decidiram parar os trabalhos por falta da peça. Mas, segundo os trabalhadores, um encarregado da empresa Toshiba, conhecido por Genésio, mandou todos retornarem ao trabalho, alegando que "trabalho a 10 anos e em muitas vezes não se usou o "gabarito" e nunca houve acidente com trabalhadores". Desta forma, pressionados pelo encarregado, os trabalhadores retornaram ao trabalho na sexta-feira, quando ocorreu o acidente por volta das 10 horas.
Depois de fazer uma série de fotografias do local do acidente , Toco visitou os trabalhadores e - juntamente com Laia e Borges, coletou informações que servirão para a elaboração de um relatório sobre o acidente que deixou traumatizado dezenas de trabalhadores. "O Sticcero tem preocupação com a segurança dos trabalhadores. Recentemente, elaboramos, imprimimos e distribuimos uma Cartilha de Segurança no Trabalho e que orienta aos trabalhadores para a questão da segurança. Quero em meu nome, em nome de todos os diretores do Sticcero e dos trabalhadores filiados ao nosso sindicato, enviar nossos pêsames aos familiares dos dois trabalhadores mortos - Roneilson da Silva Cruz, 19, e Cleberson Pantoja Viana, 26, e estamos acompanhando a recuperação do nosso colega internado no Hospítal Regional de Vilhena e que já deve ter sido transferido para um hospital particular, pois fizemos a exigência aos representantes da Toshiba, em Rolim de Moura, e que foi imediatamente aceita", definiu Toco.
Em Vilhena, os sindicalistas Toco, Laia e Borges visitaram o trabalhador acidentado, Everaldo Rodrigues, 40, e puderam manter contatos com a equipe médica que está prestando atendimento médico,. Os sindicalistas foram tranquilizados quanto ao quadro de saúde do trabalhador, pois o quadro é estável, merece cuidados médicos permanentes, porém não corre mais risco de morte.
Toco, presidente do Sticcero, disse que representantes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) também acompanharam as investigações e a apuração de responsabilidade está sendo feita pelo órgão federal, que está ouvindo todos os envolvidos no acidente para que possa fazer um pronunciamento oficial, quando da conclusão dos trabalhos da comissão que está em Chupinguaia.
Os dirigentes do Sticcero vão acompanhar toda tramitação do apuração do acidente junto ao MTE e reforça o alerta para a classe trabalhadora e patronal para a questão da segurança no trabalho, visto que hoje esse quesito é a principal preocupação de todas as autoridades. "Queremos preservar vidas. A vida de um trabalhador e de um ser humano é imensurável. O Sticcero realizou no final do ano passado uma campanha de segurança no trabalho, inclusive quando da visita do ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, aos canteiros de obras das usinas de Santo Antônio e Jirau. Uma cartilha de orientação quanto à segurança foi distribuída para os trabalhadores e vamos intensificar nossa campanha para que futuros acidentes possam ser evitados", finalizou Toco.
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