Suspeito de mandar matar advogado Valter Nunes também teria coagido testemunhas
Sostenes Alencar Ferreira, 35 anos, empresário do ramo atacadista, teve sua prisão preventiva decretada, nesta quarta-feira (6) pelo juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cacoal (RO), e encaminhado para o presídio de Pimenta Bueno (RO), por haver indícios de sua participação no assinato do advogado e presidente da subsecção local da OAB/RO, Valter Nunes de Almeida.
"Trata-se de um crime bárbaro com requinte de frieza, calculismo e ousadia. O advogado teve sua vida ceifada quando estava trabalhando no seu escritório, em plena luz do dia, sem a menor cerimônia. Não bastasse, quem, em tese, tudo articulou e encomendou a morte do Advogado Valter foi sua própria esposa Vera, inclusive acertando detalhes e fazendo pagamento dentro do escritório onde trabalhava com seu marido", enfatizou o magistrado.
Para o juiz Paulo José do Nascimento Fabrício, a prisão preventiva foi decretada para garantir a ordem pública (clamor social) e para assegurar a correta aplicação da lei penal. De acordo com o magistrado durante as investigações surgiram fortíssimos indícios de autoria, que recaíram sobre Cássio de Jesus Castro e Jonas de Freitas, conhecido como "Polaquinho". Eles seriam executores diretos do crime. Já Vera Nunes de Almeida, mulher da vítima e Sostenes Alencar Ferreira foram acusados como os mandantes. No processo foi apurado que teriam envolvimento afetivo.
"Trata-se de um crime bárbaro com requinte de frieza, calculismo e ousadia. O advogado teve sua vida ceifada quando estava trabalhando no seu escritório, em plena luz do dia, sem a menor cerimônia. Não bastasse, quem, em tese, tudo articulou e encomendou a morte do Advogado Valter foi sua própria esposa Vera, inclusive acertando detalhes e fazendo pagamento dentro do escritório onde trabalhava com seu marido", enfatizou o magistrado.
Segundo depoimentos das testemunhas, que tem seus nomes em sigilo para não sofrerem represárias, Sostenes Alencar Ferreira foi a pessoa encarregada de contratar os executores do delito.
O juiz justificou ainda a prisão preventiva devido a tentativa de coação das testemunhas. "Polaquinho" teria recebido a promessa de pagamento de seis a oito mil reais para mudar o depoimento e ainda receber um advogado para lhe acompanhar no decorrer do processo. "Ora, quem poderia estar bancando estas promessas, claro que é a mandante do crime fato, que por si só, demonstra perfeitamente o perigo da liberdade do representado", argumentou o juiz em sua decisão.
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