Termina prazo para melhorar UTI

UNIDADE DA PEDIATRIA FOI RESPONSÁVEL PELA MORTE DE 14 CRIANÇAS
Terminou na última sexta-feira, 08, o prazo do Ministério Público de Rondônia e o Tribunal de Contas para o secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, mudar a situação caótica da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital de Base. Na última inspeção, os promotores e o conselheiro Paulo Curi Neto constataram a morte de 14 das 16 crianças internadas em estado grave. O Jornal RONDONIAGORA foi o primeiro a denunciar o caso na edição do último dia 12 de outubro. O secretário negou no primeiro momento, mas depois de observar nas mãos do repórter o parecer do TCE, publicado no Diário Oficial Eletrônico, passou a desconversar sobre o assunto. Explicou que apenas 2 crianças morreram pela ação de superbactérias e as outras 12 já vieram de outras localidades, inclusive fora de Rondônia, com quadro complicado, não resistindo ao tratamento na UTI.
De concreto, o secretário anunciou através do Departamento de Comunicação Governamental (Decom), a transferência da UTI do HB para um espaço improvisado no Hospital Infantil Cosme e Damião. Duas salas foram integradas aguardando a construção de um outro local. Médicos ouvidos pela reportagem e que preferem o anonimato garantem que a situação não melhorou, apesar da mudança. Eles pedem uma nova e urgente fiscalização do Ministério Público e Tribunal de Contas para garantir qualidade no atendimento aos pacientes.
Na última inspeção, o MP e o TCE constaram, além das mortes, exposição dos próprios funcionários as bactérias super-resistentes, estrutura insalubre e falta de remédios. “O que acontece é que a criança é medicada com antibiótico dois dias seguidos, aí no terceiro dia falta o remédio; no quarto dia o paciente já não responde ao tratamento com aquele tipo de medicamento”, explicou outro profissional da área médica.
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