Rondônia, 28 de dezembro de 2024
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Tite testou mais de 120 atletas na Seleção Brasileira desde que assumiu em 2016

Fonte: Unsplash

O ciclo de Tite com a Seleção Brasileira começou em 2016, logo após a demissão de Dunga, e vai se encerrar no final deste ano. Um trabalho que sempre foi elogiado pela mídia esportiva, mesmo com a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo de 2018. Durante todos esses anos, o treinador testou 122 jogadores diferentes, e vai se despedir com apenas 26 convocados para o Mundial no Catar. Uma despedida que pode ser marcada por um final feliz, ou então por mais uma eliminação no torneio que não vence há mais de 20 anos.

Em entrevista realizada recentemente, o treinador do Brasil comentou sobre o fim do trabalho. Ele se mostrou feliz por tudo que foi conquistado nos últimos anos, mesmo que a equipe não consiga vencer a Copa do Mundo no Catar. A reformulação do elenco, e a oportunidade para diferentes atletas são heranças mais positivas do que um ou outro título. Apesar disso, é impossível não pensar que o sonho maior é encerrar o ciclo com a conquista da taça mais desejada do futebol mundial.

A ideia de abrir a Seleção Brasileira para mais jogadores foi importante, e os números não escondem. Foram mais de 120 atletas testados, alguns deles com poucas oportunidades. Enquanto isso, outros nomes só ganharam mais força com o treinador, como no caso de Neymar, Marquinhos, Casemiro e Alisson. Um grupo coeso, mas que nunca virou as costas para novos jogadores. Vinícius Júnior e Rodrygo, por exemplo, chegaram por último e foram rapidamente integrados ao elenco.

O trabalho de Tite com todos esses jogadores foi a forma de conseguir estruturar um Brasil que estava sem direção em 2016. Foram vários fracassos em sequência, inclusive nas Eliminatórias para o Mundial da Rússia. O novo treinador chegou e arrumou a casa, conseguindo campanhas espetaculares na disputa sul-americana, inclusive com o título da Copa América de 2019. Agora, o sonho é conquistar o mundo, algo que não foi feito na primeira oportunidade.

Favoritismo contra a França

Esse sonho de terminar o ciclo campeão não é impossível, pois o Brasil é considerado favorito em muitas cotações. Nas apostas online da KTO, por exemplo, a final com maior probabilidade de acontecer é entre Brasil e França. Além disso, no quesito título, o site referência em apostas esportivas coloca o grupo de Tite em maior vantagem, com cerca de 20% de probabilidade. Os franceses aparecem logo na sequência, mas com menos de 14%. Não se pode descartar os argentinos, os terceiros colocados nas cotações.

Na verdade, um dos grandes desafios de Tite sempre foi a Argentina. Durante a Copa América de 2021, disputada no Brasil, os nossos maiores rivais foram campeões com uma vitória por 1 a 0 no clássico, em pleno Maracanã. Um resultado que ligou o alerta para as competições futuras, pois a equipe argentina demonstrou muita força em campo. Um novo encontro no Catar é possível, mas a torcida sonha com um final diferente, e mais felicidade para o lado verde e amarelo.

Isso mostra que não faltam rivais, e isso faz com que as cotações para a competição mudem constantemente. Os primeiros jogos do Brasil, inclusive no Grupo G, contra Suíça, Sérvia e Camarões, podem aumentar ou diminuir esse favoritismo. Foi assim em 2018, mesmo que não tenha se concretizado. A Seleção entra com essa pressão, mas está acostumada com isso.

Jogadores unidos

Alguns especialistas da mídia esportiva acreditam que um dos maiores trunfos de Tite é montar elenco unidos. Isso está acontecendo no Brasil, e o resultado pode ser positivo para todos. Afinal, um bom relacionamento é o primeiro passo para ter uma equipe forte no futebol. O título de 2002, por exemplo, ficou conhecido pela famosa eficiência da "Família Scolari". Uma referência ao ambiente criado pelo treinador Luiz Felipe Scolari.

Vamos saber se tudo isso funcionou apenas no final, mas o trabalho de Tite já pode ser reconhecido de outras maneiras. A chance dada para tantos atletas é um exemplo de como é possível melhorar uma equipe com novos jogadores. Além disso, alguns bons nomes, como Richarlison e Raphinha, só podem aparecer por conta dessa metodologia de trabalho do treinador que vai deixar o Brasil depois da Copa do Mundo, campeão ou não. 

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