Rondônia, 18 de dezembro de 2025
Geral

Toxoplasmose exige cuidados com gestantes em Porto Velho e no interior do Estado

Projeto coordenado pela biomédica Flávia Serrano Batista apresentado nessa terça-feira (10) pela Fundação de Amparo à Pesquisa, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Fapero) a representantes do Ministério da Saúde, revelou que 32% das gestantes de Porto Velho, Jaru, Ji-Paraná e Ouro Preto do Oeste criam gatos, e alguns saem às ruas ou entram em matagais para caçar. Essas gestantes estão sujeitas a adquirir toxoplasmose, doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes de gatos e outros felinos. Homens e outros animais também podem hospedar o parasita.



“Notamos que o conhecimento de profissionais médicos e enfermeiros nas unidades de saúde quanto ao diagnóstico laboratorial e tratamento da toxoplasmose ainda não é satisfatório; faremos um inquérito com gestantes, a fim de conhecer hábitos higiênicos sanitários e a forma de combatê-la”, anunciou.

O projeto apresentado ao Programa Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PP SUS) reuniu até quinta-feira (11) profissionais da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e da Universidade Estadual de Londrina (UEL), do Paraná.

“Notamos que o conhecimento de profissionais médicos e enfermeiros nas unidades de saúde quanto ao diagnóstico laboratorial e tratamento da toxoplasmose ainda não é satisfatório; faremos um inquérito com gestantes, a fim de conhecer hábitos higiênicos sanitários e a forma de combatê-la”, anunciou.

Flavia Batista explicou que a participação da UEL decorre da “estrutura prática dessa instituição”. Segundo ela, o médico- doutor, Italmar Navarro, principal colaborador do projeto, acumula experiências durante surtos da doença e também pôde orientar a equipe na elaboração de material educativo.

A biomédica prevê o aumento da capacitação de médicos e outros profissionais da área, na missão de integrar a atenção primária em saúde às ações de vigilância de toxoplasmose. “Eles poderão fazer isso, compartilhando resultados que provocarão mudanças no programa pré-natal. É um ajustamento de conduta, e a minha expectativa é que o tema também ocupe espaço na Conferência Municipal de Saúde, em julho”, disse.

A desorientação maior a respeito do assunto ocorre entre gestantes jovens, constatou a coordenadora do projeto. Em Porto Velho, a equipe ouviu gestantes na Unidade de Saúde do Bairro Pedacinho de Chão. Tanto na Capital quanto nos municípios pesquisados no interior do Estado, gestantes convivem com poços rasos e fossas sépticas muito próximos, ingerem carne crua e mal passada, e linguiça frescal.

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