Trabalhadores de várias categorias fazem ato contra reforma da previdência, em Rondônia
Centenas de trabalhadores fizeram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (19), em Porto Velho, contra a reforma da previdência social. Sindicalistas, professores e trabalhadores de várias categorias se uniram para luta contra a aprovação do projeto de lei que pretende fixar idade mínima de 65 anos para requerer aposentadoria e elevar o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos. Os sindicatos dos trabalhadores em Educação (Sintero), dos Urbanitários (Sindur), dos Servidores Federais (Sindsef), dos Bancários (Seeb), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Fiocruz e Movimento dois Atingidos por Barragens (MAB) participaram do ato. A Polícia Militar não acompanhou o protesto.
O vice-presidente do sindicato dos Sindsef em Rondônia, Mário Jorge, chama a atenção dos servidores para que a votação não aconteça de surpresa. “Com essa última decisão do governo federal, em fazer a intervenção no Rio de Janeiro, certamente mudou os planos com relação a manifestação, até porque na verdade é um golpe político. Com isso, certamente os trabalhadores que ouviram o anúncio não vieram para a manifestação entendendo que não ia haver mais a votação da reforma da previdência, mas nós entendemos que devemos estar atentos porque a qualquer momento essa votação pode acontecer e pegar desprevenido os trabalhadores”, afirma o vice-presidente do Sindsef.
Segundo o presidente do Sindicato dos Urbanitários do Estado de Rondônia (Sindur), Nailor Gatto, a reforma da reforma da previdência vem para prejudicar os trabalhadores. “Nós somos contra porque sabemos que ela só vem destruir o direito dos trabalhadores. Além disso, a luta que temos é pela defesa da soberania, defesa da democracia e contra a privatização das empresas do sistema Eletrobrás. Não concordamos também porque não teve nenhum debate com a sociedade, simplesmente está empurrando dizendo que a previdência é culpada de tudo que acontece no país, isso não é verdade e nós não aceitamos”, diz Nailor Gato.
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a movimentação é para dar um recado para os governo federal. “O governo vem tentando aprovar essa reforma que nós não aceitamos. Antes de tratar de reforma e de tirar direitos dos trabalhadores da sociedade é necessário ajustar esse processo de corrupção que está instalado no governo. A estratégia nossa foi paralisar onde é domicílio eleitoral dos nossos parlamentares para pressioná-los a não votar a favor da reforma, porque eles têm que ficar ao lado a população e dos trabalhadores e isso que queremos mostrar hoje”, destaca.
Além da capital, os servidores dos municípios de Guajará-Mirim, Ji-Paraná, Jaru, Cacoal, Rolim de Moura e Costa Marques também aderiram à paralisação. De acordo com os representantes do movimento, em Porto Velho, o protesto teve concentração na Avenida 7 de Setembro, em frente ao prédio da Eletrobras, e depois seguiu em caminhada pelas avenidas 7 de Setembro, Campos Sales e Carlos Gomes com encerramento na Praça das Três Caixas d’Água.
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