Trabalhadores em educação de Porto Velho acampam em frente à Prefeitura
Os trabalhadores em educação da rede municipal de Porto Velho, em greve há 35 dias, decidiram montar acampamento em frente à prefeitura da capital rondoniense, em protesto contra a intransigência da administração municipal que se recusa a negociar o atendimento da pauta de reivindicações.
Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira, a categoria decidiu manter a greve que teve início no dia 21 de maio.
Municipais
Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira, a categoria decidiu manter a greve que teve início no dia 21 de maio.
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Depois de várias tentativas de negociação, e de várias respostas negativas por parte do prefeito Mauro Nazif, a categoria concluiu que falta vontade política para cumprir os compromissos firmados com a educação, quando ainda era candidato.
O argumento do prefeito e dos secretários de que a prefeitura não tem recursos para atender às reivindicações caiu por terra quando se verificou que o dinheiro público jorra em outros setores e escoa por ralos históricos.
Um dos fatos que desmentem os argumentos da prefeitura é o aumento de 27,02% concedido ao subsídio do prefeito, passando de R$ 15 mil para R$ 21 mil, o aumento de 28,2% aplicado ao subsídio do vice-prefeito, subindo de R$ 12 mil para R$ 17 mil, e o aumento de 101,8% concedido aos secretários municipais, cujos vencimentos passaram de R$ 7 mil para R$ 15 mil.
De acordo com informações do Portal Transparência, o secretário municipal de Obras, Gilson Nazif, irmão do prefeito Mauro Nazif, recebe, além do vencimento de R$ 15 mil, a quantia de R$ 10 mil em diárias (Portal Transparência 27/02/2013).
Além disso, segundo a direção do Sintero, existe o fato de que a educação possui recursos próprios no orçamento, destinados por lei, que só podem ser aplicados na educação. A prefeitura poderia atender as reivindicações dos trabalhadores em educação usando recursos próprios da educação. Ou, se não puder atender a todas as reivindicações, a prefeitura poderia fazer uma contraproposta utilizando esses recursos, mas não faz, disse o presidente do Sintero, Manoel Rodrigues.
A direção do Sintero observou, ainda, que, na tentativa de confundir a sociedade e jogar os trabalhadores contra o sindicato, a prefeitura fez veicular em alguns sites de notícias uma nota oficial totalmente descabida, que não retrada a verdade. Diz a nota que o prefeito nunca se recusou a receber o sindicato, quando na verdade, todas as vezes que recebeu foi para negar o atendimento das reivindicações. Entre outras inverdades, a nota diz que a prefeitura vai repassar dinheiro ao Sintero para pagar quinquênios, mecanismo que não existe na administração pública. A prefeitura não repassa dinheiro dos servidores para o sindicato. Quando tem que pagar, o repasse é feito diretamente para a conta bancária do servidor.
Com essa manobra ficou claro que a prefeitura, além de não valorizar a educação, busca confundir a sociedade, que é a parte mais prejudicada pela intransigência dos administradores municipais.
Diante da radicalização da administração municipal, os trabalhadores em educação, em assembleia, decidiram montar o acampamento em frente à prefeitura, de onde só pretendem sair quando forem ouvidos pelo prefeito.
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