Trabalho infantil é tema de audiência pública na Câmara Municipal
Em audiência pública na tarde desta terça-feira (19) na Câmara Municipal de Porto Velho, autoridades de diversos órgãos competentes debateram sobre a Erradicação do Trabalho Infantil em Porto Velho, sessão proposta pelo vereador Márcio Miranda.
“O programa de combate ao trabalho infantil e estímulo à aprendizagem está sendo desenvolvido nessas áreas. Os trabalhos doméstico e rural são os mais perversos e de maior incidência no estado. A família é maior responsável pela exploração do trabalho infantil, incentivando crianças e adolescentes ao trabalho sem que essas crianças tenham condições de continuar estudando. Temos que combater essa realidade dessa prática nefasta e tão prejudicial ao nosso país”, declarou.
O juiz do Trabalho, Vitor Leandro Yamada, afirma que o problema é ainda mais presente na área rural, e que a há um projeto em andamento junto à Emater para a conscientização de famílias de pequenos produtores.
“O programa de combate ao trabalho infantil e estímulo à aprendizagem está sendo desenvolvido nessas áreas. Os trabalhos doméstico e rural são os mais perversos e de maior incidência no estado. A família é maior responsável pela exploração do trabalho infantil, incentivando crianças e adolescentes ao trabalho sem que essas crianças tenham condições de continuar estudando. Temos que combater essa realidade dessa prática nefasta e tão prejudicial ao nosso país”, declarou.
Coordenadora Estadual do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, Carmelita de Oliveira diz que os registros dão conta de 39 mil crianças e adolescentes sendo exploradas. Cerca de 9 mil são crianças de 5 a 9 anos de idade. “Os índices de meninas de 9 a 12 anos trabalhando como empregadas domésticas também são alarmantes. Estamos desconstruindo o futuro. Criando adultos doentes que logo não conseguirão mais trabalhar para se manter. Eles abandonam as escolas, a maioria não consegue terminar o ensino médio. É preciso que as autoridades políticas incluam leis nos orçamentos municipal e estadual para o combate ao trabalho infantil”.
Para Marcos Tessila, promotor de Justiça, tudo começa pela educação. “É preciso dar apoio, orientação e estímulo. Oferecer cidadania. É a educação que oferece isso e prepara para o exercício de uma atividade remunerada. Há muito tempo não via essa quantidade tão expressiva de crianças nos semáforos. Algo não está saindo como deveria, e os atores responsáveis devem começar a se mobilizar, mesmo que através das cotas. Se uma empresa não cumpre a cota por não oferecer um trabalho remunerado adequado para aprendizes, que a cota dessa empresa seja destinada para investimento no Cras ou Creas, enfim, o que não pode é deixar de investir”.
Veja Também
Estudante rondoniense conquista medalha de prata no taekwondo durante Jogos da Juventude 2024
Márcio Nogueira lamenta recusa de seu adversário em participar de debate
Exames de rotina são essenciais para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida