Truculência, excesso de burocracia e desrespeito na Semtran revoltam os taxistas da Capital
Durante reunião na terça-feira no Sindicato dos Taxistas (Sintax) com a presença de vereadores de Porto Velho e do dirigente da CUT, Itamar Ferreira, vários trabalhadores reclamaram do tratamento dos fiscais no dia-a-dia na Capital. Vários taxistas denunciaram abusos, como a apreensão de oito taxis na véspera do feriadão da páscoa, considerada uma clara ação para prejudicar a categoria a realização de blitz naquele período.
As principais reclamações são em relação a forma truculenta e desrespeitosa com que funcionários da Semtran, principalmente agentes de trânsito, tratariam os taxistas durante as abordagens de fiscalização, posturas consideradas abusivas como excesso de multas e cobrança indevida de guincho. Segundo os trabalhadores, fiscais de trânsito apreendem e recolhem a chave dos taxis, além do fatiamento na cobrança de taxas, de forma que para cada etapa de um mesmo processo de regularização é cobrada uma taxa diferente. A categoria denuncia que qualquer solicitação feita à Semtran se transforma num verdadeiro calvário. Essa situação, no entendimento dos taxistas, refletiria o estilo militar do próprio secretario.
Um taxista relatou o seu exemplo, que é comum, para conseguir efetuar uma regularização, trata-se de uma impressionante histórias de desrespeito com o cidadão. Ele deu entrada para emplacar um carro de terceiro na sua concessão, encaminhou o contrato de compra e venda que não foi aceito, sendo exigido o DUT assinado pelo proprietário, depois que ele providenciou isso, passaram a exigir a transferência do veículo para o seu nome; sendo que a lei permite colocar na concessão carro de terceiros. Além disso, o veículo é financiado, o que torna inviável a transferência, impedindo a regularização e causando graves prejuízos.
Foi aprovado o estado de mobilização: qualquer desrespeito ou abuso de autoridade irá desencadear de imediato uma reação de mobilização da categoria. Além disso, foi aprovado a realização de uma atividade de protesto, para cobrar do prefeito Mauro Nazif mudanças no funcionamento da Semtran, com fim das taxas abusivas, da forma de fiscalização que caracteriza uma verdadeira perseguição à categoria, tratamento digno no atendimento aos taxistas, desburocratização, redução no número de taxas, dentre outras medidas. Ao final da reunião foi criada uma comissão composta por taxistas representando associações e cooperativas, diretores do Sintax, quatro vereadores e a CUT.
Foi denunciado que até mesmo ordem judicial a Semtran descumpre, mesmo após parecer da Procuradoria Geral do Município (PGM) orientando o imediato cumprimento, como é o caso da determinação da juíza Inês Moreira da Costa, no processo 0162659-52.2009.8.22.0001, para que fossem feitas as providências requeridas pelo taxista.
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