Rondônia, 30 de setembro de 2024
Geral

UNE organiza boicote ao Enade em todo o País

Pelo segundo ano consecutivo, a UNE (União Nacional dos Estudantes) organiza um boicote ao Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), que será aplicado domingo (9) a 564 mil alunos de 13 cursos.



"Além disso, acreditamos que a nota dos estudantes não pode ter um peso maior do que os outros aspectos da universidade. Os estudantes precisam sim ser avaliados, mas isso não pode ter peso maior do que a avaliação dos professores, da estrutura física da instituição, das suas condições democráticas de funcionamento e uma série de outros valores", afirma.

Para a presidente da UNE, Lúcia Stumpf, a lógica do exame não pode ser a de punir o estudante que não quer participar. Hoje, os selecionados que não comparecem ao exame ficam sem diploma ao final do curso.

"Além disso, acreditamos que a nota dos estudantes não pode ter um peso maior do que os outros aspectos da universidade. Os estudantes precisam sim ser avaliados, mas isso não pode ter peso maior do que a avaliação dos professores, da estrutura física da instituição, das suas condições democráticas de funcionamento e uma série de outros valores", afirma.

O Enade é um dos componentes do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior), que em seu projeto original estabelece que, além do desempenho dos alunos, a avaliação deve utilizar outros instrumentos para aferir aspectos como a gestão, o corpo docente, a responsabilidade social da instituição o projeto pedagógico do curso e outras variáveis que influenciam na qualidade do ensino. Mas, desde a sua criação, em 2004, o Enade continua a ter maior peso.

"A gente vinha desde 2004 sem promover boicote por entendermos que essa era uma fase de implementação dos Sinaes, foi um esforço que fizemos junto com MEC [Ministério da Educação]. Mas, no ano passado, cansados de esperar que as outras medidas fossem tomadas, boicotamos", diz Lúcia.

A presidente da UNE diz que em conseqüência dessa pressão o MEC lançou este ano o Conceito Preliminar de Cursos (CPC), novo indicador que leva em consideração a infra-estrutura, a titularidade dos professores e uma avaliação dos alunos sobre o currículo do curso. "Mas o Sinaes ainda não alcançou o patamar que desejamos", avalia.

Para o coordenador-geral do Enade, Webster Cassiano, o boicote é uma prática equivocada, porque "cria um conceito para a instituição que não é real". "O estudante deixa a instituição, mas ela vai acompanhá-lo pelo resto da vida. Então é importante que ele tenha uma participação efetiva, porque ele vai estar contribuindo para um sistema muito maior do que a própria instituição", afirma.

Cassiano reconhece que a nota do Enade não é um "reflexo absoluto da realidade", mas destaca que o exame dá bons indicativos da qualidade dos cursos.

O Enade será aplicado no domingo em 2.274 locais de provas, a partir das 13h (horário de Brasília).

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