Usinas de Jirau e Santo Antônio em novo conflito
Em plena época de escassez de chuvas e preocupações com o nível baixo dos reservatórios das hidrelétricas do país, as usinas de Santo Antônio e Jirau, em construção no rio Madeira, em Porto Velho (RO), voltam a ter conflitos por conta do alto volume de água que Santo Antônio estaria reservando, comprometendo as estruturas de Jirau.
O Valor teve acesso exclusivo à carta enviada pelo ESBR. No documento, o consórcio afirma que a autorização concedida pelo Ibama, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, dá conta de que a altura máxima suportada por Jirau é de 74,8 metros em relação ao reservatório da usina de Santo Antônio. Esta, no entanto, estaria operando com um reservatório que, na semana passada, teria ultrapassado a cota de 75 metros. "Tal fato, além de não respeitar o limite estabelecido por imposição do projeto estrutural da usina de Jirau, está ocasionando diversos impactos na estrutura do empreendimento e demais existentes no canteiro de obras", alega o ESBR no documento.
Como Jirau está sendo construída cerca de 70 km acima da usina de Santo Antônio, esse acúmulo de água no reservatório estaria comprometendo as estruturas de Jirau.
O Valor teve acesso exclusivo à carta enviada pelo ESBR. No documento, o consórcio afirma que a autorização concedida pelo Ibama, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, dá conta de que a altura máxima suportada por Jirau é de 74,8 metros em relação ao reservatório da usina de Santo Antônio. Esta, no entanto, estaria operando com um reservatório que, na semana passada, teria ultrapassado a cota de 75 metros. "Tal fato, além de não respeitar o limite estabelecido por imposição do projeto estrutural da usina de Jirau, está ocasionando diversos impactos na estrutura do empreendimento e demais existentes no canteiro de obras", alega o ESBR no documento.
Segundo o consórcio, o reservatório de Santo Antônio já chega a comprometer, inclusive, o sistema de transposição dos peixes, um tipo de escada de concreto por onde os peixes sobem a corredeira do rio. A situação estaria comprometendo até a instalação de novas turbinas de Jirau, por conta de "consequente inundação de toda casa de força, devido à pressão sobre a mesma, para a qual não está dimensionada".
O consórcio ESBR pede, no documento, o imediato esvaziamento do reservatório, para que a situação volte ao normal.
Representantes da concessionária Santo Antônio Energia não foram encontrados, ontem, para comentar o assunto.
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