Uso de fumacê é restrito a casos de surtos, e Divisão de Controle orienta sobre prevenção de doenças tropicais
Com o período de transição entre o verão amazônico e o inverno, a população da Capital de Rondônia já começa a sentir a presença mais intensa de mosquitos, que geralmente são mais incômodos de 18h30 às 20 horas.
No Bairro Areia Branca, moradores dizem que as nuvens dos insetos tem causado grande temor, principalmente pelo risco de doenças tropicais e cobra a aplicação de inseticida por meio de termonebulização, mais conhecido como fumacê. O gerente da Divisão de Controle de Vetores do Centro de Zoonoses de Porto Velho, Ricardo Alves de Melo, explica como o produto pode ser utilizado.
“Terminado o período sazonal favorável à dengue, começa o período favorável à malária, mas não podemos usar os inseticidas sem controle. A orientação do Ministério da Saúde é que seja criterioso, em casos de surtos. E nem mesmo da dengue tivemos esse número tão expressivo em uma só região que demandasse a necessidade”, declara Melo.
Segundo o gerente, os dados são repassados mês a mês pelo setor de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), mas há uma equipe de controle, que acompanha as notificações e vai à campo pesquisar a necessidade de cada residência onde há estudo de caso. Em toda a cidade, de janeiro a agosto deste ano, foram registrados 288 casos de dengue, sempre com maior incidência nos primeiros três meses do ano. Para Zika Vírus, foram confirmados 31 casos, e para a Chikungunya foram 63 confirmações. Em nenhum dos casos houve surto, nem por região e nem geral.
“O que a população precisa entender é que o fumacê tem um custo muito alto, para uma efetividade muito baixa. E não vai adiantar a gente começar a borrifar o inseticida de forma imprudente, porque o que pode acontecer é o veneno parar de fazer o efeito esperado contra o mosquito”. Toda a área urbana de Porto Velho contabilizou 55 casos de malária em agosto.
A orientação do profissional da saúde é a prevenção, com uso de mosquiteiros, telas nas janelas, uso de repelentes e até mesmo evitar sair no horário de maior incidência do mosquito, e manter os quintais limpos sem locais de acumulo de água, como caixas de água abertas, lixo espalhado, enfim. E o principal, em caso de suspeita da doença, não se automedicar.
“É importante procurar uma unidade de saúde para fazer o exame e cooperar com os dados de controle que serão repassados para o Controle de Vetores, dando norte sobre a possibilidade de necessidade da ação das equipes em determinadas situações.
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