Rondônia, 14 de dezembro de 2025
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Vender remédios mais baratos: a quem não interessa?

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A novidade no setor é a instalação de uma loja da rede de farmácias Pague Menos, talvez a mais competitiva nesse tipo de comércio, com filiais em centenas de cidades espalhadas pelo Brasil inteiro. A Pague Menos tem preços comprovadamente menores, coisa que sem dúvida incomoda empresários do setor, mesmo que não admitam isso.
Os preparativos para fincar base na cidade estão em andamento. A empresa constrói prédio em outra esquina nobre da cidade – em frente a Igreja Matriz – na avenida Norte Sul, também no centro da cidade. A chegada da Pague Menos tem apoio irrestrito da população regional não porque os preços praticados pela rede farmacêutica atual sejam elevados e sim porque quanto mais barato melhor.
O que seria apenas a chegada de um novo estabelecimento comercial na cidade, mais uma prova de que empresários de outros estados acreditam no potencial da região, transformou-se em curiosa discussão e até especulações sobre a existência de um cartel formado pelas farmácias da cidade, que estariam em movimento sério para dificultar a instalação da Pague Menos.
Vinte e sete farmácias estão listadas nos guias de endereços comerciais e serviços em Rolim de Moura, mas esse número pode ser um pouco maior. Certo é que existe uma farmácia para atender cada grupo de no máximo dois mil cidadãos rolimourenses. Reclamar do sempre deficitário sistema de saúde pública até que é justo, mas qualquer queixa sobre a disponibilidade de medicamentos na rede privada não teria sentido. A clientela,tanto de Rolim de Moura quanto das diversas cidades do entorno, tem opções e muitas ofertas, já que os empresários do setor investem muito em publicidade e capricham em promoções. O ramo farmacêutico em Rolim é, como se vê, bastante concorrido e vai ficar ainda mais em pouco tempo.
A novidade no setor é a instalação de uma loja da rede de farmácias Pague Menos, talvez a mais competitiva nesse tipo de comércio, com filiais em centenas de cidades espalhadas pelo Brasil inteiro. A Pague Menos tem preços comprovadamente menores, coisa que sem dúvida incomoda empresários do setor, mesmo que não admitam isso.
Os preparativos para fincar base na cidade estão em andamento. A empresa constrói prédio em outra esquina nobre da cidade – em frente a Igreja Matriz – na avenida Norte Sul, também no centro da cidade. A chegada da Pague Menos tem apoio irrestrito da população regional não porque os preços praticados pela rede farmacêutica atual sejam elevados e sim porque quanto mais barato melhor.
O que seria apenas a chegada de um novo estabelecimento comercial na cidade, mais uma prova de que empresários de outros estados acreditam no potencial da região, transformou-se em curiosa discussão e até especulações sobre a existência de um cartel formado pelas farmácias da cidade, que estariam em movimento sério para dificultar a instalação da Pague Menos.
A discussão teve origem, segundo informações não oficiais, a partir de ação desenvolvida pelo Observatório Social de Rolim de Moura, que apontou irregularidades na obra do prédio que vai alojar a Pague Menos. Cumpre o seu papel a entidade quando chama atenção do Executivo Municipal para provável falha do setor de fiscalização de obras, além de colaborar para que a rede Pague Menos fique instalada num edifício seguro.
O caso é que José Roberto de Jesus, presidente do Observatório Social, é um dos três maiores empresários no ramo farmacêutico em Rolim de Moura. Foi essa condição a fonte inspiradora para os comentários dando conta de que Jesus estaria fazendo uso da instituição para defender interesses das farmácias. Enquanto alguns consideram real a existência de movimento para dificultar a entrada de um concorrente pesado no mercado o histórico da entidade e do seu presidente apontam para uma improbabilidade de dimensões oceânicas. Conformes diretrizes estatutárias, o OSRM atua para beneficiar a comunidade e não existem ações que sigam decisão pessoal do presidente. Sendo assim José Roberto nada poderia fazer sem o consentimento dos Conselhos, mesmo que eventualmente ficasse prejudicado comercialmente em qualquer situação.
O suposto pedido de embargo na obra do prédio da Pague Menos é questão de interesse social e só deixa a impressão de movimento corporativo das farmácias porque o presidente da OSRM é empresário no setor. Fosse ele um servidor público, por exemplo, nada se diria.
É coerente supor que o OSRM apóie a chegada da Pague Menos porque isso é bom para a comunidade, do mesmo jeito que não existe nada de estranho numa provável e compreensível preocupação dos empresários farmacêuticos, desde que mantida nos limites do bom senso. Mesmo que ofereça preços vantajosos, a Pague Menos terá que lutar para conquistar sua fatia de mercado. Primeiro tem que ganhar a confiança do consumidor, coisa que a maioria das farmácias da cidade já fizeram. Alguns centavos não vão fazer um cliente fiel a dez, quinze anos mudar de farmácia justamente pelos laços de confiança.
O comércio de medicamentos está longe de entrar em recessão porque não se vislumbra possibilidade do Governo atender as necessidades do povo gratuitamente. Na verdade, com a “importação” de médicos o setor vai ganhar mais fôlego; com mais médicos a quantidade de pacientes atendidos aumenta. Isso significa mais prescrição de medicamentos, que vira “receita” financeira no caixa das farmácias.
Falar em formação de cartel não é insanidade, mas é altamente improvável. Isentar o OSRM de qualquer intenção maliciosa é fazer justiça, principalmente porque de agora em diante a entidade estará, como sempre, seriamente empenhada em defender qualquer coisa que beneficie a população. E nesse caso, remédio mais barato é uma coisa excelente.
O autor é jornalista

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