Rondônia, 10 de maio de 2024
Geral

Vídeo: Vítimas apresentam melhoras uma semana após serem atacadas a golpes de facão

Primeiro atendimento aos pacientes foi na UPA da Zona Leste (Foto: Francisco Abreu/Rondoniagora)

Uma semana após serem atacadas a golpes de facão em Porto Velho, sete pessoas ainda permanecem hospitalizadas por causa de ferimentos. Uma continua na UTI no Hospital João Paulo II e apresentou leve melhora no quadro de saúde, que evoluiu de gravíssimo para grave. Mais uma foi transferida para o Hospital de Base, na Capital.

Segundo o médico cirurgião, Fernando Máximo, nenhum dos pacientes apresenta condições clínicas para deixar o hospital, mas todos estão evoluindo gradativamente. “Todos os pacientes foram operados, alguns mais de uma vez, alguns por mais de uma equipe. A vítima que estava em estado gravíssimo teve uma melhora no quadro de ontem para hoje e já respira sem aparelhos”, esclarece Máximo, destacando que o paciente teve fratura exposta de crânio, exposição e perda de massa encefálica.

Outros quatro pacientes ainda estão na enfermaria o João Paulo II, com estado de saúde considerado estável, mas ainda necessitando de cuidados médicos, pois alguns apresentam ainda fraturas expostas pelos corpos, necessitando ficarem hospitalizados.

No início da semana, uma paciente já tinha sido transferida para o Hospital de Base, após uma cirurgia para  recuperação do nariz. Segundo o médico, ela está reagindo e evoluindo bem ao procedimento.

Já nesta quinta-feira (8), outro paciente deixou o João Paulo II e foi para o Hospital de Base. Ele teve ferimentos no pulmão, trauma torácico e lesão grave no peito. A vítima vai precisar passar por uma cirurgia torácica, mas o quadro de saúde é estável.

O ataque
Os ataques ocorreram em diversos bairros na Zona Leste de Porto Velho, na última quinta-feira (1º). Edinei Ribeiro morava no Bairro Três Marias, Zona Leste de Porto Velho. Ele saiu em um carro modelo Fiat Uno e atacou as 11 vítimas aleatoriamente em vários bairros, entre Porto Cristo, Renascer, Fortaleza, Mariana e Airton Sena até retornar para casa onde foi baleado pela Polícia Militar.

Conforme o boletim de ocorrência, Edinei foi até a casa de Marta Rodrigues Pereira, bateu no portão e foi atendido pelo esposo de Marta, pois eram conhecidos. Ele já com os dois terçados nas mãos e a faca na cintura, desferiu dois golpes no esposo em Márcio, um no tórax e outro na face, deixando caído e sangrando, e em seguida, adentrou à casa e foi até Marta e lhe feriu com um golpe de faca no peito, atingindo o coração, que resultou no óbito. Ao sair da residência, o homicida viu o filho de Marta e o atingiu com o terçado na rua, acertando-o no peito e no braço lado esquerdo.

Na sequência, o agressor seguiu em seu carro para a Rua Felipe Camarão, onde atacou Mirtes no crânio e face, cortando todo o rosto, depois feriu o filho dela. Próximo a Rua Preces, atacou ainda Gerson Rocha no ombro direito. Populares que viram o agressor dando os golpes na vítima foram e tentaram tomar o terçado entrando em vias de fatos, no entanto, não conseguiram detê-lo. O agente entrou no seu carro e tomou rumo ao Bairro Cascalheira onde também desferiu vários golpes em uma outra vítima que conseguiu correr e pedir ajuda em um ponto comercial. O agente abandonou o seu veículo na Rua Capão da Canoa e seguiu a pé passando pela Rua São Lourenço e invadiu uma casa, dentro da casa agrediu e desferiu uns golpes em uma outra vítima de nome Renato Fernandes, que ficou lesionado no crânio e membro superior direito. Depois o agressor saiu correndo e foi para a sua casa, sendo seguido.

Denunciado por populares, a polícia foi ao local e, após algumas tentativas para que se entregasse, Edinei Ribeiro foi morto por seis tiros que atingiram o ombro direito, um no ombro esquerdo; um no antebraço esquerdo; um na mão esquerda; um na coxa direita e outro na coxa esquerda.

O delegado Vinicius Lucena da Delegacia de Homicídios, responsável pelas investigações, acredita que o homem teve um surto psicótico. Os policiais não encontraram remédios controlados, ou entorpecentes na casa de Ednei e o trabalho agora é ouvir testemunhas e as vítimas para entender o que de fato aconteceu. Ainda conforme o delegado, Ednei teve outras três ocorrências policiais na vida, entre elas uma relacionada a Lei Maria da Penha.

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