Vigilância Sanitária alerta lanchonetes e restaurantes sobre higiene e armazenagem de alimentos
São tantas as opções na hora de escolher o local ideal para uma boa alimentação ou mesmo para um lanche rápido. Mas será que todos os locais mantêm a higienização dos estabelecimentos e os cuidados necessários para o preparo da refeição? Para prevenir possíveis riscos à saúde da população em Porto Velho, o Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) tem fiscalizado rigorosamente os comércios do seguimento na cidade.
Segundo Ronald Gabriel, gerente de divisão de vigilância e licenciamento, todos os comércios precisam passar por uma vistoria e atender às normas da Vigilância Sanitária antes de começar a funcionar. “Nenhum comércio pode funcionar sem antes passar pela nossa vistoria. Se for flagrado descumprindo (a vistoria) será penalizado conforme a lei determina. O proprietário preenche um requerimento, apresenta os documentos da empresa, os fiscais vão até o local, verificam se existe alguma irregularidade e se tiver, eles informam o proprietário para que ele normalize tudo. Após isso, uma nova vistoria é feita para poder liberar ou não o funcionamento”, explica Gabriel.
Há cerca de um ano, a locutora Shirlene Silva diz que passou a ter mais cuidado ao escolher um local para se alimentar. Isso porque ela teve uma intoxicação alimentar que a levou ao pronto-socorro com vômitos e diarreia. “Na época, eu comi alguma coisa que era enlatada, logo depois comecei a sentir uma forte dor de cabeça, ânsia de vômito, até que começou a diarreia e vomitar. Fui ao hospital, me medicaram e me mandaram para casa, mas fiquei uns três dias me sentindo mal. Não conseguia comer quase nada”, lembra Shirlene.
Para evitar que os clientes consumam produtos inadequados, durante as inspeções, os comerciantes são orientados a adquirirem somente produtos de procedência comprovada, sob pena de apreensão das mercadorias, penalidade que vão de advertência, interdição e até multa. Por conta disso, os fiscais verificam se os produtos que se encontram dentro do estabelecimento estão identificados com a rotulagem, indicando a data de validade e procedência dos produtos, higiene local, estrutura física, a forma de manipulação, temperatura dos alimentos, utensílios e se o estabelecimento possui a placa de identificação da Vigilância Sanitária.
Irene Amaral, de 73 anos, é proprietária de uma lanchonete localizada na rodoviária da capital há mais de 17 anos, e diz ser a favor das fiscalizações. “É a única forma da população se sentir tranquila ao comer algo em lanchonete. Aqui no meu comércio, nós seguimos à risca todas as normas exigidas para evitar problemas e eu não ser penalizada. Manter o local como pede a lei não é fácil, mas a gente faz de tudo para sempre está dentro dos padrões”, diz a comerciante.
Da mesma forma, Rafaela Cristina diz, funcionária de uma lanchonete localizada na Avenida Jorge Teixeira, diz concordar com fiscalizações da Vigilância Sanitária. “Isso dá mais tranquilidade para os clientes. Eu vejo que não é fácil se adequar as normas e nem manter do jeito que eles pedem, mas nós tomamos todo cuidado para deixar o local sempre adequado como é exigido”, disse a funcionária.
“Nós não interditamos os estabelecimento para prejudicar ninguém e sim para se adequarem as normas que são exigidas na lei. Nós não queremos que as pessoas deixem de ganhar seu dinheiro jamais, mas que eles trabalhem sem prejudicar a saúde de quem está comprando aquele produto”, diz o diretor, que ressalta que a população precisa ficar atenta ao que está consumindo. “Ao perceber alguma irregularidade, denuncie esse estabelecimento imediatamente porque assim a gente consegue diminuir o risco à saúde dos consumidores”, finaliza.
O telefone disponível para realizar denúncias junto ao órgão é (69) 98473-4788. A Vigilância Sanitária não informou dados sobre as fiscalizações ocorridas neste ano.
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