Apagão não significa fragilidade no sistema, diz ONS
O diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, disse nesta quinta-feira (22) que o apagão no Norte e Nordeste do país não significa fragilidade no sistema elétrico brasileiro. O incidente deixou 70 milhões de pessoas sem energia elétrica e se deu após uma falha na Subestação Xingu, no Pará, que distribui parte da energia produzida na Usina de Belo Monte.
Com duas usinas hidrelétricas, parte de Rondônia, junto com outros 14 estados, também foi atingido pelo apagão ocorrido na tarde de quarta-feira.
"Apesar do distúrbio de ontem, temos absoluta convicção das condições de suprimento de energia no país", disse. "Quero deixar clara a nossa convicção de que o distúrbio de ontem não pode e não deve significar qualquer tipo de fragilidade no sistema".
Na visão do ONS, o sistema é "robusto" e dispõe de energia suficiente. Barata explicou que houve uma expansão na geração e transmissão de energia, enquanto o consumo ficou estável com a crise econômica dos últimos anos.
As causas do apagão devem ser conhecidas em até 15 dias, segundo Barata, que se reunirá com todas as empresas afetadas pelo apagão na próxima segunda-feira para a preparação do relatório de análise de perturbação.
"A nossa expectativa é que em 10, no máximo 15 dias, possamos divulgar exatamente o que aconteceu. As causas e as consequências e quais são as medidas que vamos tomar", afirmou.
O diretor participou do seminário Agenda Setorial 2018, no Rio de Janeiro, com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Augusto Barroso.
Veja Também
Parte de Rondônia também sofreu apagão nesta quarta-feira
Cartilha dá dicas para não cair em golpes na Black Friday
Rondônia apresenta a menor taxa de desemprego do país
Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”