Rondônia, 23 de dezembro de 2024
Nacional

CCJ da Câmara aprova parecer pela manutenção da prisão de deputado no caso Marielle

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou, por 39 votos a 25, nesta quarta-feira (10) o parecer que recomenda a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes da execução da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL). Houve uma abstenção.

A decisão, no entanto, não é definitiva. A palavra final sobre a manutenção ou a revogação caberá ao plenário da Câmara.

Por lá, os deputados poderão seguir ou rejeitar o parecer de Darci de Matos (PSD-SC). Serão necessários 257 votos para manter a prisão (maioria absoluta dos membros da Câmara), em votação aberta e nominal — quando os votos de cada parlamentar são divulgados.

Segundo a Constituição, prisões de parlamentares no exercício do mandato têm de ser submetidas aos plenários da Câmara (em casos que envolvem deputados) ou do Senado (em casos que envolvem senadores).

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), planeja submeter o caso à análise do conjunto dos deputados ainda nesta quarta. No plenário, parlamentares ouvidos pelo g1 indicam que, diferentemente da CCJ, há uma divisão a respeito de manter Chiquinho Brazão detido (leia mais aqui).

Em outra frente, também nesta quarta-feira, o Conselho de Ética da Câmara abriu processo que pode levar à cassação do deputado.

Prisão preventiva

Chiquinho foi preso preventivamente no último dia 24, acusado de ser um dos mandantes da execução da vereadora e do motorista Anderson Gomes em 2018. O irmão do parlamentar, o conselheiro Domingos Brazão, do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, também foi detido.

A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e referendada pela 1ª Turma da Corte.

Há duas semanas, quando a CCJ deu início e interrompeu a discussão do caso, Chiquinho Brazão afirmou, por videoconferência, que tinha "boa relação" com Marielle. Segundo ele, eventuais divergências políticas não significam que ele está envolvido com o crime.

 

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