Donos de hospitais são culpados pela morte de Duvanier, diz Polícia
O diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Onofre Moraes, afirmou nesta segunda-feira que a responsabilidade pela morte do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, recairá sobre os donos dos hospitais que negaram atendimento, que podem ser acusados por homicídio culposo. Na madrugada da última quinta-feira, Duvanier teve atendimento recusado nos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia, em Brasília, que não aceitavam o convênio médico dele. O secretário morreu no hospital Planalto, o terceiro visitado na madrugada.
"O atendimento não é gratuito. Mas existe um porém: o SUS reembolsa o equivalente a 1/3 do preço cobrado pelo hospital. O que podemos detectar é que os hospitais não prestam esse atendimento para deixar as vagas para quem tem condição financeira. Estão fazendo um verdadeiro comércio em relação à saúde, e não é só em Brasília", disse Onofre Moraes.
A Delegacia do Consumidor da Polícia Civil apura, ainda, se os dois hospitais que negaram atendimento a Duvanier exigiram um cheque-caução como forma de garantia. Onofre Moraes criticou a atitude, que é considerada ilegal pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. O diretor da Polícia Civil informou, ainda, que mesmo que o hospital particular atenda um paciente que não é coberto por plano de saúde, a unidade é reembolsada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
"O atendimento não é gratuito. Mas existe um porém: o SUS reembolsa o equivalente a 1/3 do preço cobrado pelo hospital. O que podemos detectar é que os hospitais não prestam esse atendimento para deixar as vagas para quem tem condição financeira. Estão fazendo um verdadeiro comércio em relação à saúde, e não é só em Brasília", disse Onofre Moraes.
Além do inquérito conduzido pela Delegacia do Consumidor, a 1ª DP de Brasília está conduzindo investigações para apurar as circunstâncias que ocasionaram a morte do secretário. Segundo o delegado-chefe adjunto da unidade, Johnson Kenedy, a expectativa é que os depoimentos dos familiares, atendentes e médicos envolvidos no episódio sejam ouvidos "o mais rápido possível"
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