Rondônia, 23 de dezembro de 2024
Nacional

Final de 2008 é marcado por mortes, imprudência e excessos nas estradas

O período de festas foi comemorado em todo país, exceto nas estradas. Veículos lotados, chuva em várias regiões do Brasil e o habitual descaso de motoristas em relação à civilidade e às leis de trânsito deixaram um rastro de sangue nos 61 mil quilômetros de rodovias federais. De 20 de dezembro de 2008 a 04 de janeiro de 2009, a Polícia Rodoviária Federal atendeu a 7.140 acidentes, com 4.795 feridos e 435 mortos.



Cortinas de água - As chuvas que castigaram as regiões Sul e Sudeste também foram decisivas para o balanço negativo registrado nas rodovias federais. Postos da PRF relataram precipitações intensas por todo país, que causaram pistas interditadas, desvios e inundações. No entanto, cortinas de água não foram capazes de frear a irresponsabilidade de diversos brasileiros. De 20 de dezembro até ontem (04/01), quase 100 mil veículos foram flagrados pelos radares da PRF em excesso de velocidade. Deste total, 80% das imagens foram capturadas nas regiões Sul e Sudeste. Nas 320 mil abordagens realizadas nas 27 unidades da Federação, a Polícia Rodoviária Federal emitiu 71 mil autos de infração (+ 8,9%) . De forma genérica, um em cada cinco veículos fiscalizados trafegava com alguma irregularidade. E a cruzada contra os que bebem e insistem em dirigir continuou: desde 20 de dezembro, 1.043 motoristas embriagados foram retirados do trânsito pelos etilômetros; 650 acabaram presos em flagrante. Lamentável média de um motorista embriagado a cada 20 minutos.

Chama atenção nos boletins da PRF a quantidade de veículos lotados envolvidos em desastres graves. Ônibus e automóveis, muitas vezes com mais passageiros que o permitido, estiveram no centro de tragédias silenciosas. No Rio Grande do Sul, pai, mãe e quatro filhos morreram na BR-386, quando o Ford / Escort em que viajavam invadiu a pista contrária e bateu de frente em um caminhão. Na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), um dos corredores viários mais movimentados do Brasil, um VW / Santana, com placas do Paraná, capotou em 25 de dezembro enquanto transportava dez pessoas. Os seis adultos e quatro crianças foram encaminhados ao município de Barra do Turvo / SP para atendimento de emergência. Em Minas Gerais, também na BR-116, um ônibus da viação Itapemirim saiu da pista, deslizou uma ribanceira com mais de 70 metros e caiu no rio Angu, matando 11 passageiros e o motorista. E no Maranhão, um ônibus da empresa Satélite Norte teve a viagem interrompida quando caiu em um barranco e capotou, provocando a morte instantânea de dez pessoas.

Cortinas de água - As chuvas que castigaram as regiões Sul e Sudeste também foram decisivas para o balanço negativo registrado nas rodovias federais. Postos da PRF relataram precipitações intensas por todo país, que causaram pistas interditadas, desvios e inundações. No entanto, cortinas de água não foram capazes de frear a irresponsabilidade de diversos brasileiros. De 20 de dezembro até ontem (04/01), quase 100 mil veículos foram flagrados pelos radares da PRF em excesso de velocidade. Deste total, 80% das imagens foram capturadas nas regiões Sul e Sudeste. Nas 320 mil abordagens realizadas nas 27 unidades da Federação, a Polícia Rodoviária Federal emitiu 71 mil autos de infração (+ 8,9%) . De forma genérica, um em cada cinco veículos fiscalizados trafegava com alguma irregularidade. E a cruzada contra os que bebem e insistem em dirigir continuou: desde 20 de dezembro, 1.043 motoristas embriagados foram retirados do trânsito pelos etilômetros; 650 acabaram presos em flagrante. Lamentável média de um motorista embriagado a cada 20 minutos.

O tempo úmido, inclusive, prejudicou o atendimento das vítimas de acidentes. Sob chuva, os helicópteros da Polícia Rodoviária Federal, equipados para socorro aeromédico, tem o voo prejudicado, e muitas vezes não chegam a decolar. Viaturas para atendimento de urgência também são obrigadas a diminuir a velocidade de deslocamento, por causa das pistas escorregadias. “A chuva traz prejuízos ao atendimento pois a prioridade dos socorristas é a segurança de suas equipes e dos paciente”, afirma o chefe da Divisão de Saúde da PRF, inspetor Dr. Getúlio Câmara.

Fluxo diluído - A Operação Fim de Ano da Polícia Rodoviária Federal apresentou característica importante para compreensão dos números finais. Como os feriados de Natal e Ano Novo caíram em quintas-feiras, a saída das grandes cidades aconteceu em dois momentos. No primeiro final de semana, viajaram as famílias que podiam emendar as duas datas festivas. O fluxo nos principais corredores viários do país foi intenso e a principal opção de destino foram as cidades do interior. No segundo momento de saída, a preferência dos veranistas foi o litoral. O acesso às cidades balneárias apresentou lentidão, e as ultrapassagens sob chuva trouxeram preocupação às equipes de fiscalização.

“Ao contrário do que se pensa, quando todos os veículos saem ao mesmo tempo, os riscos para quem viaja são menores. A velocidade média registrada na via é mais baixa e as chances de ultrapassagem são menos frequentes. Pista cheia provoca acidentes, mas geralmente de menor gravidade. O problema ocorre justamente quando a saída é pulverizada”, afirma o inspetor Alvarez Simões, da Coordenação-Geral de Operações da Polícia Rodoviária Federal.

As diversas opções de datas para saída e chegada das famílias que viajaram em rodovias federais ajudaram a diluir o efetivo policial. Como já se previa, não houve um grande dia de movimento, e por isso, o fluxo de veículos esteve acima da média durante a quinzena de operação.

Descentralização – Na Operação Fim de Ano 2008/2009, por solicitação das unidades regionais da PRF, os reforços foram definidos em momentos e locais por elas identificados. Por conta da continentalidade brasileira e das peculiaridades de fiscalização, o Departamento de Polícia Rodoviária Federal optou por delegar às superintendências e distritos o planejamento de suas ações. Nos 15 dias de operação, os 26 estados da Federação e o Distrito Federal tiveram autonomia para direcionar forças de trabalho, construir escalas extras e eleger pontos prioritários.

O balanço registrado no período e o modelo de fiscalização empregado durante o fim de ano serão analisados pela área operacional para correções.

OPERAÇÃO FIM DE ANO

(22 de dezembro de 2007 a 06 de janeiro de 2008 e

20 de dezembro de 2008 a 04 de janeiro de 2009)

2007/2008

Acidentes - 6.621

Feridos - 4.497

Mortos - 384

Acidentes com mortos - 289

Média diária de acidentes com mortes - 18

Veículos fiscalizados - 298.556

Total de autuações - 143.210

* Multas manuais - 64.136

* Fiscalização de alccoolemia - 392

*Excesso de velocidade - 78.682

2008/2009

Acidentes - 7.140

Feridos - 4.795

Mortos - 435

Acidentes com mortos - 316

Média diária de acidentes com mortes - 19,7

Veículos fiscalizados - 299.334

Total de autuações - 171.265

* Multas manuais - 70.886

* Fiscalização de alccoolemia - 1.043

*Excesso de velocidade - 99.435

%

Acidentes - 7,84

Feridos - 6,63

Mortos - 13,28

Acidentes com mortos - 9,34

Média diária de acidentes com mortes -

Veículos fiscalizados - 0,2

Total de autuações - 19,6

* Multas manuais - 10,5

* Fiscalização de alccoolemia - 166

*Excesso de velocidade - 26,4

RANKING REGIONAL - OPERAÇÃO FIM DE ANO

ACIDENTES

1) Minas Gerais - 1.411

2) Santa Catarina - 907

3) Rio de Janeiro - 640

4) São Paulo - 567

5) Paraná - 544

MORTOS

1) Minas Gerais - 89

2) Rio de Janeiro - 33

3) Maranhão - 31

4) Bahia - 29

5) Santa Catarina - 28

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