Final de 2008 é marcado por mortes, imprudência e excessos nas estradas
O período de festas foi comemorado em todo país, exceto nas estradas. Veículos lotados, chuva em várias regiões do Brasil e o habitual descaso de motoristas em relação à civilidade e às leis de trânsito deixaram um rastro de sangue nos 61 mil quilômetros de rodovias federais. De 20 de dezembro de 2008 a 04 de janeiro de 2009, a Polícia Rodoviária Federal atendeu a 7.140 acidentes, com 4.795 feridos e 435 mortos.
Cortinas de água - As chuvas que castigaram as regiões Sul e Sudeste também foram decisivas para o balanço negativo registrado nas rodovias federais. Postos da PRF relataram precipitações intensas por todo país, que causaram pistas interditadas, desvios e inundações. No entanto, cortinas de água não foram capazes de frear a irresponsabilidade de diversos brasileiros. De 20 de dezembro até ontem (04/01), quase 100 mil veículos foram flagrados pelos radares da PRF em excesso de velocidade. Deste total, 80% das imagens foram capturadas nas regiões Sul e Sudeste. Nas 320 mil abordagens realizadas nas 27 unidades da Federação, a Polícia Rodoviária Federal emitiu 71 mil autos de infração (+ 8,9%) . De forma genérica, um em cada cinco veículos fiscalizados trafegava com alguma irregularidade. E a cruzada contra os que bebem e insistem em dirigir continuou: desde 20 de dezembro, 1.043 motoristas embriagados foram retirados do trânsito pelos etilômetros; 650 acabaram presos em flagrante. Lamentável média de um motorista embriagado a cada 20 minutos.
Chama atenção nos boletins da PRF a quantidade de veículos lotados envolvidos em desastres graves. Ônibus e automóveis, muitas vezes com mais passageiros que o permitido, estiveram no centro de tragédias silenciosas. No Rio Grande do Sul, pai, mãe e quatro filhos morreram na BR-386, quando o Ford / Escort em que viajavam invadiu a pista contrária e bateu de frente em um caminhão. Na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), um dos corredores viários mais movimentados do Brasil, um VW / Santana, com placas do Paraná, capotou em 25 de dezembro enquanto transportava dez pessoas. Os seis adultos e quatro crianças foram encaminhados ao município de Barra do Turvo / SP para atendimento de emergência. Em Minas Gerais, também na BR-116, um ônibus da viação Itapemirim saiu da pista, deslizou uma ribanceira com mais de 70 metros e caiu no rio Angu, matando 11 passageiros e o motorista. E no Maranhão, um ônibus da empresa Satélite Norte teve a viagem interrompida quando caiu em um barranco e capotou, provocando a morte instantânea de dez pessoas.
Cortinas de água - As chuvas que castigaram as regiões Sul e Sudeste também foram decisivas para o balanço negativo registrado nas rodovias federais. Postos da PRF relataram precipitações intensas por todo país, que causaram pistas interditadas, desvios e inundações. No entanto, cortinas de água não foram capazes de frear a irresponsabilidade de diversos brasileiros. De 20 de dezembro até ontem (04/01), quase 100 mil veículos foram flagrados pelos radares da PRF em excesso de velocidade. Deste total, 80% das imagens foram capturadas nas regiões Sul e Sudeste. Nas 320 mil abordagens realizadas nas 27 unidades da Federação, a Polícia Rodoviária Federal emitiu 71 mil autos de infração (+ 8,9%) . De forma genérica, um em cada cinco veículos fiscalizados trafegava com alguma irregularidade. E a cruzada contra os que bebem e insistem em dirigir continuou: desde 20 de dezembro, 1.043 motoristas embriagados foram retirados do trânsito pelos etilômetros; 650 acabaram presos em flagrante. Lamentável média de um motorista embriagado a cada 20 minutos.
O tempo úmido, inclusive, prejudicou o atendimento das vítimas de acidentes. Sob chuva, os helicópteros da Polícia Rodoviária Federal, equipados para socorro aeromédico, tem o voo prejudicado, e muitas vezes não chegam a decolar. Viaturas para atendimento de urgência também são obrigadas a diminuir a velocidade de deslocamento, por causa das pistas escorregadias. A chuva traz prejuízos ao atendimento pois a prioridade dos socorristas é a segurança de suas equipes e dos paciente, afirma o chefe da Divisão de Saúde da PRF, inspetor Dr. Getúlio Câmara.
Fluxo diluído - A Operação Fim de Ano da Polícia Rodoviária Federal apresentou característica importante para compreensão dos números finais. Como os feriados de Natal e Ano Novo caíram em quintas-feiras, a saída das grandes cidades aconteceu em dois momentos. No primeiro final de semana, viajaram as famílias que podiam emendar as duas datas festivas. O fluxo nos principais corredores viários do país foi intenso e a principal opção de destino foram as cidades do interior. No segundo momento de saída, a preferência dos veranistas foi o litoral. O acesso às cidades balneárias apresentou lentidão, e as ultrapassagens sob chuva trouxeram preocupação às equipes de fiscalização.
Ao contrário do que se pensa, quando todos os veículos saem ao mesmo tempo, os riscos para quem viaja são menores. A velocidade média registrada na via é mais baixa e as chances de ultrapassagem são menos frequentes. Pista cheia provoca acidentes, mas geralmente de menor gravidade. O problema ocorre justamente quando a saída é pulverizada, afirma o inspetor Alvarez Simões, da Coordenação-Geral de Operações da Polícia Rodoviária Federal.
As diversas opções de datas para saída e chegada das famílias que viajaram em rodovias federais ajudaram a diluir o efetivo policial. Como já se previa, não houve um grande dia de movimento, e por isso, o fluxo de veículos esteve acima da média durante a quinzena de operação.
Descentralização Na Operação Fim de Ano 2008/2009, por solicitação das unidades regionais da PRF, os reforços foram definidos em momentos e locais por elas identificados. Por conta da continentalidade brasileira e das peculiaridades de fiscalização, o Departamento de Polícia Rodoviária Federal optou por delegar às superintendências e distritos o planejamento de suas ações. Nos 15 dias de operação, os 26 estados da Federação e o Distrito Federal tiveram autonomia para direcionar forças de trabalho, construir escalas extras e eleger pontos prioritários.
O balanço registrado no período e o modelo de fiscalização empregado durante o fim de ano serão analisados pela área operacional para correções.
OPERAÇÃO FIM DE ANO
(22 de dezembro de 2007 a 06 de janeiro de 2008 e
20 de dezembro de 2008 a 04 de janeiro de 2009)
2007/2008
Acidentes - 6.621
Feridos - 4.497
Mortos - 384
Acidentes com mortos - 289
Média diária de acidentes com mortes - 18
Veículos fiscalizados - 298.556
Total de autuações - 143.210
* Multas manuais - 64.136
* Fiscalização de alccoolemia - 392
*Excesso de velocidade - 78.682
2008/2009
Acidentes - 7.140
Feridos - 4.795
Mortos - 435
Acidentes com mortos - 316
Média diária de acidentes com mortes - 19,7
Veículos fiscalizados - 299.334
Total de autuações - 171.265
* Multas manuais - 70.886
* Fiscalização de alccoolemia - 1.043
*Excesso de velocidade - 99.435
%
Acidentes - 7,84
Feridos - 6,63
Mortos - 13,28
Acidentes com mortos - 9,34
Média diária de acidentes com mortes -
Veículos fiscalizados - 0,2
Total de autuações - 19,6
* Multas manuais - 10,5
* Fiscalização de alccoolemia - 166
*Excesso de velocidade - 26,4
RANKING REGIONAL - OPERAÇÃO FIM DE ANO
ACIDENTES
1) Minas Gerais - 1.411
2) Santa Catarina - 907
3) Rio de Janeiro - 640
4) São Paulo - 567
5) Paraná - 544
MORTOS
1) Minas Gerais - 89
2) Rio de Janeiro - 33
3) Maranhão - 31
4) Bahia - 29
5) Santa Catarina - 28
Veja Também
Vacinas contra o sarampo salvam cinco vidas por segundo, destaca OMS
Última superlua cheia do ano pode ser vista nesta sexta-feira
Polícia Federal investiga explosões em Brasília como ato terrorista
Vídeo mostra momento em que homem-bomba explode em frente ao STF