Lula condiciona reajuste salarial à normalidade do País na crise
Ao ser perguntado sobre a possibilidade de o governo federal não cumprir a promessa de reajuste salarial escalonado para os servidores públicos federais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condicionou nesta quarta-feira a concessão do reajuste à uma situação de normalidade do país diante da crise econômica mundial:
Servidores mobilizados em Brasília
Na sexta-feira, o próprio ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, confirmou que o governo poderá suspender o pagamento da parcela de julho, caso a queda brusca da receita se confirme. Mas, dentro do governo, Lula e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, têm se manifestado contra o adiamento do pagamento do reajuste.
Servidores mobilizados em Brasília
Os servidores continuam mobilizados em Brasília e devem continuar as manifestações ao longo do dia. No fim da tarde, representantes dos servidores se encontram com o ministro Paulo Bernardo para discutir como ficará a parcela de julho do reajuste.
O ministro deverá alegar ao grupo de servidores que a queda na arrecadação este ano será de, pelo menos, R$ 35 bilhões. Até sexta-feira, o governo deve anunciar a ampliação do corte no Orçamento para até R$ 45 bilhões.
Justiça também pode ficar sem reajuste salarial por causa da crise. Diante do dilema de suspender ou não os pagamentos das parcelas futuras do reajuste dado ao funcionalismo público federal, o governo pediu aos aliados que não aprovem qualquer outro projeto que aumente gastos com pessoal em ano de crise. Tramitam no Congresso projetos aumentando o vencimento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e dos procuradores do Ministério Público da União.
Segundo o Planalto, a aprovação de um projeto reajustando salário do Judiciário, por exemplo, deixaria o governo em situação delicada , uma vez que deverão ser suspensos ou adiados os reajustes do Executivo - medida que o governo não pode adotar em relação a outro poder.
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