Lula quer parceria com maiores desmatadores da região
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente, que o governo federal quer fazer parcerias com os governadores do norte do País e com os prefeitos das 43 cidades que mais desmatam na região amazônica para cooperar com a preservação da floresta.
"Nós queremos trabalhar junto com os governadores da região norte do País, com os prefeitos das 43 cidades, que são responsáveis pelo maior percentual de desmatamento, uma parceria para que a gente combine a produção agrícola, a utilização correta da floresta para produzir madeira", comentou Lula.
Ao anunciar os programas na semana passada, Lula afirmou que não se deve chamar de "bandido" quem desmatou, mas sim conscientizar a sociedade que o desmatamento "joga contra" o País e deve ser evitado.
"Nós queremos trabalhar junto com os governadores da região norte do País, com os prefeitos das 43 cidades, que são responsáveis pelo maior percentual de desmatamento, uma parceria para que a gente combine a produção agrícola, a utilização correta da floresta para produzir madeira", comentou Lula.
Lula ainda tem nas mãos a sanção da polêmica medida provisória 458 que permite que até 1,5 mil hectares na região amazônica sejam transferidos sem licitação para quem já morava na terra antes de 1 de dezembro de 2004.
A MP foi aprovada em junho pelo Congresso com alterações em relação à proposta original e depende de sanção do presidente, que tem até dia 25, quinta-feira, para aprová-lo integralmente ou com vetos. Lula já afirmou que pretende vetar trechos da medida.
Segundo ambientalistas, a MP contém falhas e contradições que poderiam provocar uma nova onda de ocupação fundiária e desmatamento.
"Nós queremos tratar os agricultores como parceiros e estabelecer uma lógica de procedimentos entre o governo federal", disse.
Mais Alimento
Lula também comentou os resultados do programa Mais Alimento, voltado para o desenvolvimento da agricultura familiar. Para ele, nos primeiros dez meses, o programa cumpriu o papel de estimular o pequeno agricultor, aumentar a produção de alimentos e a produção industrial de tratores para a agricultura familiar.
"Você sabe que a agricultura familiar é muito ampla e muito diversificada. Ela é responsável por 70% dos alimentos que chegam à casa dos brasileiros. O programa Mais Alimento vem garantindo dinamismo para a indústria e emprego para o cidadão", afirmou Lula.
De acordo com os números apresentados por ele no programa semanal de rádio Café com o Presidente, o incremento na produtividade, mesmo com seca no Sul e enchentes no Nordeste, foi de 7,8 milhões de toneladas. A produção de leite aumentou 18,5% e a de mandioca, 13,7%. O governo federal também garantiu a compra da produção dessas famílias "para que os trabalhadores rurais não tivessem prejuízo", afirmou o presidente.
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