Rondônia, 18 de maio de 2024
Nacional

Morre aos 75 anos, o cantor Jair Rodrigues

O cantor Jair Rodrigues morreu na manhã desta quinta-feira (8), aos 75 anos, em sua casa em Cotia, na Grande São Paulo. De acordo com a assessoria de imprensa do artista, na noite da quarta-feira Rodrigues foi para a sauna de sua casa e não saiu mais de lá. A família só o encontrou por volta das 10h.



Um dos primeiros amigos a chegar ao local foi o cantor Simoninha, filho de Wilson Simonal. De acordo com reportagem da Globo News, ele estava muito abalado e chorava muito.

Ainda segundo a assessoria, Jair Rodrigues não apresentava qualquer problema de saúde e cumpria normalmente a agenda de shows. A última apresentação que ele fez foi no dia 6 de abril no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, com ingressos esgotados.

Um dos primeiros amigos a chegar ao local foi o cantor Simoninha, filho de Wilson Simonal. De acordo com reportagem da Globo News, ele estava muito abalado e chorava muito.

Jair, filho da bossa e do samba

Jair Rodrigues de Oliveira nasceu no dia 6 de fevereiro de 1939 em Igarapava, interior de São Paulo. Iniciou sua carreira musical nos anos 1950 e na década seguinte atingiu o sucesso em programas de calouros na televisão.

Em 1962, gravou seu disco de estreia. Duas canções da época, "Brasil sensacional" e "Marechal da vitória", embalou a vitória do Brasil na Copa do Chile. Em 1964, gravou um de seus maiores sucessos, "Deixa Isso , considerado até hoje como o primeiro rap brasileiro.

Ao lado de Elis Regina, Jair Rodrigues se tornou um dos grandes nomes do samba ao participar do notório "O Fino da Bossa", programa da TV Record que foi ao ar entre 1965 e 1967.

Com jeito brincalhão de malandro e voz potente, Jair ficou nacionalmente conhecido através dos duetos com a "Pimentinha". O trabalho rendeu três discos: "Dois na Bossa" nos volumes 1, 2 e 3, gravados ao vivo. Na época, foi um dos primeiros registros a atingir mais de 1 milhão de cópias.

A interpretação de Jair ganhou dimensão que ressoa até hoje principalmente com a canção "Disparada", de Geraldo Vandré e Théo de Barros. A canção sertaneja foi sensação no Festival da Música em 1966, principalmente pelo fato de Jair ter ficado conhecido como um artista do samba. "Disparada" acabou empatada com "A Banda", de Chico Buarque.

Realizou turnês pela Europa, Estados Unidos e Japão. Em 1971, gravou o samba-enredo "Festa para um Rei Negro", da Acadêmicos do Salgueiro.

Carismático, Jair Rodrigues revisitou o disco "Dois na Bossa" no palco dedicado a Elis Regina na Virada Cultural de 2012, em São Paulo. Na ocasião, ele afirmou que Elis havia sido um "grande amor". Ele voltaria a relembrar da época ao assistir o espetáculo "Elis, a Musical", em cartaz. Jair assistiu o musical em março, aplaudiu de pé e acabou homenageado pelo público.

O último trabalho, o disco duplo "Samba Mesmo", é uma homenagem do cantor ao samba e à seresta, e foi lançado em fevereiro. Jair apresentou o álbum em um de seus últimos shows, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, no dia 3 de abril.

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