Na emergência, álcool da farmácia pode ser usado como combustível, dizem especialistas
Uma dúvida comum em tempos de escassez de combustível é se é possível fazer o motor funcionar emergencialmente com álcool doméstico, aquele encontrado em supermercados e farmácias. A resposta é sim e não! Como assim?
Em caso de extrema necessidade é possível usar sim, mas o de farmácia, pois deve ser observado o grau GL, informação contida na embalagem do álcool. O diretor de combustíveis da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Rogério Gonçalves, alerta que uma graduação de 54%GL (o de limpeza, encontrado no supermercado) não consegue ser vaporizado e dificilmente faz o motor funcionar.
O consultor técnico da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), Ricardo Dilser, esclarece que o etanol vendido nas bombas já é hidratado, ou seja, já tem um percentual de água de 7%, ou seja 93°GL. O grau °GL (°Gay Lussac) indica a quantidade em mililitros de álcool absoluto contida em 100 mililitros de mistura hidro-alcoólica.
Nas farmácias, encontra-se o álcool chamado “puro”, com teor GL de 96,8. Este pode ser usado nos carros flex ou a etanol, sem problema, pois é até mais puro do que o hidratado das bombas.
O álcool doméstico mais comum, facilmente encontrado em supermercados, é o com a graduação de 54°GL. Esse não pode ser usado, pois praticamente a metade dele (46%) é composto de água (em 1 litro, 460 ml é água).
E bebidas alcoólicas? Como a graduação alcoólica delas raramente excede os 50°GL, o uso delas não é viável, assim como o do álcool gel.
Em todas as embalagens de álcool deve constar o percentual GL.
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