Rondônia, 18 de maio de 2024
Nacional

OEA elogia STF por derrubar diploma de jornalista

A relatora da divisão especial para Liberdade de Expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA), Catalina Botero Marino, elogiou  na segunda-feira  a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão. "Não é somente uma boa notícia para o Brasil, mas para toda a região (da América Latina)", disse Catalina ao Estado.


 

Com as decisões do STF, a relatoria para Liberdade de Expressão da OEA deve adotar uma nova bandeira daqui por diante. Trata-se da inclusão de grupos "tradicionalmente marginalizados" na produção de comunicação. "De outra maneira, a sociedade não poderá conhecer a situação, suas necessidades e seus interesses", explicou a relatora.
 

De acordo com ela, é preciso lembrar que, por causa da necessidade de diploma, pessoas independentes e críticas deixaram de expressar suas opiniões ou publicar investigações em meios de comunicação. "O STF reforçou a ideia de que o Estado não pode estabelecer requisitos desnecessários para que as pessoas possam exercer seu direito a liberdade de expressão mediante o exercício do jornalismo", disse a relatora.
 

Com as decisões do STF, a relatoria para Liberdade de Expressão da OEA deve adotar uma nova bandeira daqui por diante. Trata-se da inclusão de grupos "tradicionalmente marginalizados" na produção de comunicação. "De outra maneira, a sociedade não poderá conhecer a situação, suas necessidades e seus interesses", explicou a relatora.
 

Segundo ela, é preciso ainda verificar como as autoridades brasileiras irão tratar os crimes cometidos com o propósito de silenciar jornalistas críticos ou independentes. "Este terreno necessita de um esforço muito maior para a garantia de liberdade de expressão", anotou.
 

AUTORREGULAMENTAÇÃO

Quando o assunto é autorregulamentação dos meios de comunicação, Catalina tem posição semelhante à do presidente do STF, Gilmar Mendes. Ambos apontam que jornais, revistas, emissoras de rádio e TV agora têm como missão criar normas próprias de conduta.
 

Para Catalina, este é um "risco que é preciso correr". "É melhor o risco que corremos com a autorregulamentação que o risco que corremos quando existem formas de censura. A história neste sentido é implacável e não deixa margens para dúvida", disse.

SIGA-NOS NO

Veja Também

Ministro Alexandre de Moraes mantém prisão de delegado acusado do assassinato de Marielle

STF suspende resolução do CFM que dificulta aborto em gestação decorrente de estupro

Lei é sancionada e seguro obrigatório voltará a ser pago em 2025 por donos de veículos

Chuvas no RS deixam 154 mortos e mais de 618 mil pessoas fora de casa