Operação da PF mira venda de joias recebidas por Bolsonaro
Equipes da Polícia Federal fazem buscas nesta sexta-feira (11) em uma operação sobre a suposta tentativa, capitaneada por militares ligados ao então presidente Jair Bolsonaro, de vender ilegalmente presentes dados ao governo por delegações estrangeiras.
Segundo a TV Globo e a GloboNews apuraram, há quatro alvos:
- o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid;
- o pai dele, o general do Exército Mauro Cesar Lorena Cid;
- o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti;
- o advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e familiares em diversos processos na Justiça.
Os mandados foram cumpridos em Brasília, São Paulo e Niterói (RJ), autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no inquérito que investiga as ações de uma suposta milícia digital que atua contra a democracia.
A operação foi batizada "Lucas 12:2", em alusão ao versículo da Bíblia que diz: "Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido".
"Há muitos estudos que mostram que compra e venda de joias é um caminho clássico de corrupção e lavagem de dinheiro. Muitos veem como um crime 'seguro', que ficará escondido para sempre. Por isso, é essencial sempre investigar o assunto, quando há indícios de ilegalidades", escreveu o ministro da Justiça, Flávio Dino, em uma rede social.
Pai de Mauro Cid negociou joias nos EUA
Mauro César Lorena Cid é general do Exército e foi colega de Jair Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), nos anos 1970.
Durante o governo Bolsonaro, o militar ocupou cargo federal em Miami ligado à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).
Segundo as investigações, o general era o responsável por negociar as joias e os demais bens nos EUA – inclusive, recebia os valores em sua conta bancária.
A Polícia Federal brasileira já pediu um acordo de cooperação internacional com os Estados Unidos para quebrar o sigilo dessa conta.
Na própria conta
O general era o responsável por negociar as joias e os demais bens nos Estados Unidos, segundo investigações da Polícia Federal (PF). Lorena recebia os valores em sua conta bancária.
O dinheiro da venda das joias e relógios, segundo a PF, era depositado em conta do general na Flórida (EUA). Já foi pedida cooperação internacional os Estados Unidos para que o sigilo dessa conta seja quebrado.
Mauro César Lourena Cid foi colega de Jair Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), nos anos 1970. Durante o governo Bolsonaro, o militar ocupou cargo federal em Miami ligado à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).
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