Pressões continuam: Minc garante liberação de licença para Jirau
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, confirmou nesta quarta-feira, 12, que deverá ser liberada hoje, pelo Ibama, a licença ambiental autorizando o início das obras da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO). O documento, segundo Minc, vai validar a mudança em nove quilômetros do local de construção da hidrelétrica que foi proposta pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil (Enersus).
A liberação da licença pelo Ibama deverá ser alvo de ações judiciais tanto por parte do consórcio que perdeu o leilão da usina, liderado por Furnas e Odebrecht, quanto por parte de procuradores do Ministério Público. Uma fonte do setor elétrico, que preferiu não se identificar, disse à Agência Estado que, apesar da licença para o canteiro e a ensecadeira, o consórcio Enersus não terá condições técnicas de iniciar as obras porque as chuvas não permitirão. Estaria fechada ou se fechando, na opinião dessa fonte, a chamada janela hidrológica, período de chuvas mais fracas na região Norte, quando o fluxo de água do Rio Madeira é menor. Para esse interlocutor, o consórcio pressionou o governo para obter a licença agora porque queria ganhar tempo para derrubar na Justiça eventuais ações contrárias à mudança de local.
O ministro disse que a licença que será liberada hoje pelo Ibama será parcial, permitindo o início dos trabalhos do canteiro de obras e a construção da chamada ensecadeira, espécie de dique que seca parte do leito do rio permitindo assim a construção de outras etapas da obra. Minc também informou que uma das condicionantes que serão incluídas na licença de hoje é a exigência de o consórcio Enersus investir R$ 36 milhões em obras de habitação em Porto Velho (RO).
A liberação da licença pelo Ibama deverá ser alvo de ações judiciais tanto por parte do consórcio que perdeu o leilão da usina, liderado por Furnas e Odebrecht, quanto por parte de procuradores do Ministério Público. Uma fonte do setor elétrico, que preferiu não se identificar, disse à Agência Estado que, apesar da licença para o canteiro e a ensecadeira, o consórcio Enersus não terá condições técnicas de iniciar as obras porque as chuvas não permitirão. Estaria fechada ou se fechando, na opinião dessa fonte, a chamada janela hidrológica, período de chuvas mais fracas na região Norte, quando o fluxo de água do Rio Madeira é menor. Para esse interlocutor, o consórcio pressionou o governo para obter a licença agora porque queria ganhar tempo para derrubar na Justiça eventuais ações contrárias à mudança de local.
Procurado pela reportagem, o consórcio Enersus afirmou que tem condições sim de começar as obras agora. Segundo o consórcio, a Camargo Corrêa, que é um dos sócios do grupo, já tem 100 máquinas na região do futuro canteiro e tem cerca de 300 pessoas contratadas para começar a obra.
Veja Também
Última superlua cheia do ano pode ser vista nesta sexta-feira
Polícia Federal investiga explosões em Brasília como ato terrorista
Vídeo mostra momento em que homem-bomba explode em frente ao STF
Explosivos são encontrados na casa alugada pelo homem-bomba no DF