Rondônia, 12 de dezembro de 2025
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Mudanças climáticas elevam incidência de câncer de pele, alertam especialistas

Especialistas explicam a relação entre aumento da radiação UV, temperaturas mais altas e crescimento da incidência do câncer de pele.

Imagem: Freepik

A radiação UV mais intensa e as temperaturas elevadas criam uma combinação perigosa para o surgimento de câncer de pele. Entre 2013 e 2023, um estudo nacional publicado no ResearchGate confirmou essa ligação: o calor crescente, os raios ultravioleta fortalecidos e as queimadas constantes aumentam diretamente as mortes pela doença. 

O cenário futuro preocupa. Pesquisadores calculam que, se o planeta ficar 2°C mais quente, os casos de câncer de pele no mundo podem subir 11% até 2050, de acordo com o PubMed Central.

Na contramão dessa ameaça, plataformas como a AvaliaMed registram aumento da procura por dermatologistas em São Paulo e outras regiões do país. Assim, a pele saudável já não é apenas vaidade, virou prioridade de saúde. Nos consultórios, o que era rotina transformou-se em urgência. A busca por especialistas credenciados na plataforma virou passagem obrigatória para quem quer prevenir a doença.

O mecanismo duplo de ameaça: comportamento e biologia

A conexão entre o aquecimento global e o câncer de pele opera por meio de duas vias principais: uma comportamental e outra biológica.

Fator comportamental: mais exposição ao sol

"Quando o tempo está mais quente, as pessoas fazem coisas que as expõem a mais luz solar", observa o dermatologista Shawn Allen, em declaração reproduzida pela Skin Cancer Foundation. Em regiões onde o frio limitava atividades ao ar livre, os invernos mais amenos incentivam a permanência externa por mais tempo.

Paralelamente, o uso de menos roupas e uma possível complacência com o protetor solar em dias nublados — que, no entanto, seguem com altos níveis de radiação UVA — criam uma janela de vulnerabilidade ainda maior.

Fator biológico: o calor amplifica o dano celular

A dermatologista Heliana Góes, citada em reportagem do Um Só Planeta, explica que "o calor amplifica os efeitos da radiação UV, que danifica as células da pele, especialmente os queratinócitos. Com o tempo, essas células alteradas podem se tornar cancerosas". 

Em nível microscópico, pesquisas australianas identificaram que o estresse térmico inibe um processo crucial de "autodestruição" das células com DNA danificado pela radiação UV. Com esse mecanismo de segurança desligado, mais células mutadas sobrevivem e se reproduzem, amplificando o poder carcinogênico do sol.

Os tipos de câncer e seus perfis de risco

O principal fator de risco para o câncer de pele continua sendo a radiação ultravioleta, mas os diferentes tipos de tumor respondem a padrões específicos de exposição.

A proteção necessária em um mundo mais quente

Num cenário de risco elevado, a prevenção precisa se tornar mais urgente e sofisticada. A orientação médica é clara, mas precisa ser seguida com rigor.

Conscientização e a ação individual

A ciência não deixa margem para dúvidas: as mudanças climáticas estão criando uma tempestade perfeita para a saúde da nossa pele. O aumento da radiação UV, as temperaturas mais altas e a poluição do ar atuam em sinergia, acelerando os danos cutâneos e elevando o risco de câncer.

Portanto, a conscientização e a ação individual e coletiva são nossas maiores armas. Campanhas educativas permanentes, alertas de radiação UV em tempo real e a regulamentação para proteger trabalhadores ao ar livre são medidas urgentes. 

E, numa esfera pessoal, cultivar hábitos rigorosos de fotoproteção e buscar, com o auxílio de ferramentas confiáveis, o acompanhamento de um dermatologista qualificado, são decisões que podem proteger vidas. Em um planeta mais quente, cuidar da pele deixou de ser uma questão de vaidade para se tornar uma estratégia vital de saúde.

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