Rondônia, 01 de maio de 2024
Polícia

EX-SECRETÁRIO JOÃO DO VALE DISSE QUE VIU MULHER PULAR DE APARTAMENTO, AO SER SURPREENDIDA

A morte da ex-doméstica, Rosana de Oliveira Lima Ramos, ocorrida no começo da noite desta quarta-feira, 20, continua intrigando a opinião pública e preocupando os familiares da vítima. O motivo é a presença de inúmeros pontos escuros no caso. O fato aconteceu Residencial Florença, no segundo andar do apartamento de número 201, de propriedade do empresário, ex-delegado e ex-secretário de segurança, João do Vale Neto.



A guarnição da Polícia Militar que atendeu a ocorrência levantou que, “(...) a vítima teria tido acesso no local por ser uma antiga funcionária do apt. 201 de propriedade da Srª D., que mora em apartamento em frente (ao do João do Vale) e que a vítima era funcionária antiga da mesma (Srª D.)”.

João do Vale é considerado a principal testemunha, já que segundo relato do Boletim de Ocorrência 11E1017000038, “(...) ele ao chegar deparou-se com a vítima dentro do apartamento assustada e ao indagar o motivo da violação, a mesma saiu em disparada se jogou de uma janela que fica no 2º andar.”

A guarnição da Polícia Militar que atendeu a ocorrência levantou que, “(...) a vítima teria tido acesso no local por ser uma antiga funcionária do apt. 201 de propriedade da Srª D., que mora em apartamento em frente (ao do João do Vale) e que a vítima era funcionária antiga da mesma (Srª D.)”.

Versão da família

Para os familiares está muito estranho o fato do convite feito pela ex-patroa para que Rosana fosse até lá para conversarem. Um ponto importante neste caso é o fato de que a Srª D. teria ligado para os familiares perguntando notícias da Rosana, sendo que no horário desta provável ligação, Rosana já estaria morta e a família ainda não sabia de nada.

A família questiona por que as pessoas que conheciam Rosana não ligaram na hora do ocorrido e que somente ficaram sabendo da morte cerca de três ou quatro horas depois da queda e ainda através de um funcionário de uma determinada funerária, claro que na intenção de vender seus serviços.

Sobre o possível furto que teria sido praticado por Rosana a família descarta totalmente. Defendem que a vítima era evangélica e não precisava disto, pois tinha uma vida saudável, era normal, tinha família, era mãe de duas crianças e vivia em paz com o marido. Durante os três anos que trabalhou no apartamento nunca teria se envolvido em nenhuma situação de crime e era conhecida de muitas pessoas no residencial.

Os familiares dizem que não entendem a ligação dela com o provável furto de uma camisa masculina, jóia, relógio e meia feminina na bolsa dela, já que ela não era ladra. Também querem entender o que ela fazia no apartamento do vizinho da ex-patroa, João do Vale.

O marido, irmãos, cunhadas de Rosana afirmaram que confiam no trabalho da delegacia de homicídios e esperam apoio da imprensa e do Ministério Público de Rondônia.

O outro lado

João do Vale foi convidado pelo delegado Herivelto para que comparecesse na manhã desta quinta-feira na especializada para conversarem sobre o assunto, mas ligou ao delegado informando que os peritos voltaram ao apartamento e que ele teve que acompanhar o trabalho e por isto não poderia ir à delegacia, mas que aguardaria ser convocado pelo delegado novamente.

Um amigo de João do Vale contou que ele, ou alguém da residência dele, teria deixado a porta da cozinha aberta facilitando assim o acesso de Rosana. Com uma faca ela teria arrombado a porta de um móvel, onde tem um cofre. Quando ele chegou em casa acompanhado de um amigo, viu um vulto passar de um aposento para outro, foi atrás e teria flagrado Rosana que ao chamar a atenção dela, esta saiu correndo e pulou, ou caiu, da sacada.

A queda seria, segundo a versão não oficial de João do Vale relatada a este amigo, motivada pela carreira na tentativa de fugir ou Rosana tentou pular para outro estrutura um pouco abaixo da sacada e assim ganhar o acesso ao quintal do edifício, mas acabou perdendo o equilíbrio e caiu.

Dúvidas

Até o momento as principais dúvidas apontadas pelos familiares e opinião pública são: como Rosana sabia da existência de um cofre no apartamento do visinho se ela trabalhava para outra pessoa? O que pretendia com o furto de uma camisa masculina, uma meia feminina, um relógio, sendo que ela não tem historio da prática deste e nem de outros crimes? Por que houve tanta demora para a comunicação do fato à família? O que queria a ex-patroa conversar com Rosana? Estas perguntas foram feitas pelo marido e irmãos da vítima na delegacia e na imprensa, cabe às investigações periciais e policiais encontrarem as respostas que venham a confirmar que Rosana realmente furtou e caiu na tentativa de fuga ou que ela foi vítima de um homicídio.

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