Rondônia, 04 de dezembro de 2024
Opinião

Cafeicultura de Rondônia surpreende analista do Rabobank

Em visita à Rondônia na última semana, o analista do Rabobank, Jefferson Carvalho, se diz surpreendido com a qualidade, os clones e o trabalho de produtores que estão se diferenciando no mercado. “Surpreendente é a palavra para Rondônia, que se consolida como o estado com alto potencial de crescimento em produção e qualidade do café. Para um país que aceitava que a cafeicultura em Rondônia estava fadada a acabar, fiquei extremamente surpreso”, destaca o analista, que passou cinco dias no estado, entre palestras sobre o mercado nacional e internacional do café e visitas aos produtores e beneficiadoras do grão.


A visita do analista do Rabobank reflete o bom momento da cafeicultura de Rondônia, segundo maior produtor de café canéfora (robusta e conilon), e com potencial para se tornar a próxima fronteira de produção com qualidade deste tipo de café. O estado, nos últimos anos, tem passado por uma grande transformação, em que agricultores que tinham perfil quase extrativista estão dando lugar a produtores qualificados e que usam tecnologias como: clones de boa genética, manejo da poda, nutrição das plantas e irrigação. As instituições de pesquisa, extensão e fomento de Rondônia têm trabalhado no sentido de criar uma plataforma contínua de desenvolvimento da cafeicultura com base tecnológica e de sustentabilidade.

Ele não deixa de pontuar também os desafios para que Rondônia conquiste novos patamares. O maior deles é o manejo da água, seguido pela conscientização do produtor de buscar pela informação de acompanhamento de mercado para tomada de decisões. Por fim, ele aponta a produção em escala. Segundo Carvalho, a demanda que mais cresce no mundo, em termos de volume, é para o café robusta. Assim como também é crescente a busca pelo café de qualidade, diferenciado ou que conte uma história ao consumidor. “Rondônia parece ser o estado que mostra um grande potencial pra isso: tem área, oportunidade de aumentar produtividade, tem água e deve ser bem manejada, e tem a possibilidade de produzir com qualidade. Aliada às políticas de favorecimento da cultura e trabalhando uma boa divulgação da imagem e identidade do café, Rondônia tem tudo para despontar no café no Brasil”, arremata.

A visita do analista do Rabobank reflete o bom momento da cafeicultura de Rondônia, segundo maior produtor de café canéfora (robusta e conilon), e com potencial para se tornar a próxima fronteira de produção com qualidade deste tipo de café. O estado, nos últimos anos, tem passado por uma grande transformação, em que agricultores que tinham perfil quase extrativista estão dando lugar a produtores qualificados e que usam tecnologias como: clones de boa genética, manejo da poda, nutrição das plantas e irrigação. As instituições de pesquisa, extensão e fomento de Rondônia têm trabalhado no sentido de criar uma plataforma contínua de desenvolvimento da cafeicultura com base tecnológica e de sustentabilidade.

Entretanto, o pesquisador da Embrapa Rondônia, Enrique Alves, reforça os desafios a serem vencidos. Para ele, os principais gargalos são a mão de obra na colheita, o uso de recursos hídricos de forma sustentável e a melhoria de qualidade. Gargalos que, para o pesquisador, não são questões inerentes à cafeicultura na Amazônia Ocidental, mas sim desafios globais. “Rondônia tem todos os ingredientes para uma cafeicultura de sucesso: clima amazônico, genética adaptada e agricultores determinados. Com uma receita assim, a cafeicultura na Amazônia Ocidental tem tudo para ter um futuro tão doce e encorpado quanto os cafés produzidos por essa nova geração de agricultores”, revela Alves.

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