Ieda Chaves, a primeira-dama mais atuante dos últimos 50 anos
A História está recheada de grandes exemplos de mulheres fortes e destemidas na busca por reconhecimento social, igualdade e combate ao sexismo e misoginia. Madame Curie, polonesa, ganhou Nobel de Química e Física, feito raro para meio científico, e Emmeline Pankhurst, ícone na luta pelo direito ao voto feminino nos países democráticos, são modelos da capacidade intelectual, poder de articulação, ambas contempladas pela persistência aguerrida em seus objetivos. Mesmo provada a capacidade da mulher através do tempo, a discriminação, mesmo silenciosa, existe; pior são os casos de violência física e emocional a que muitas são submetidas. Com resiliência, as mulheres continuam lutando para conquistar seu lugar ao sol.
Rondônia também tem seus exemplos de heroínas anônimas, batalhando diuturnamente para manter a família, ainda mais nestes tempos sombrios. Nosso estado acolheu em 1992 uma notável paranaense de Paraíso do Norte, Ieda Chaves. Formada em Odontologia, Mestre em Ciências da Saúde e pós-graduada em Gestão Empresarial, a primeira-dama de Porto Velho é criadora do projeto Criando Laços, organismo filantrópico responsável por várias ações sociais em favor dos mais vulneráveis. Líder empresarial, Ieda construiu um patrimônio educacional com responsabilidade social, generosidade e inclusão entre seus colaboradores. Ao lado do esposo, Hildon Chaves, ela já doava seu tempo e recursos para ajudar o próximo, estendendo seu exemplo aos filhos, Beatriz e Guilherme.
Dos 23 anos de Porto Velho, Ieda ganhou notoriedade por fazer com denodo o papel de primeira-dama quando Hildon Chaves assumiu o primeiro mandato em 2017. Além do projeto Criando Laços, ela promoveu ações de inclusão com foco na diversidade, pessoa idosa, crianças e adolescentes, além de promover campanhas de doação de alimentos. Na pandemia, ela concentrou seus esforços para pedir ajuda aos parceiros, conquistados ao longo de anos de credibilidade empresarial, e distribuir cestas básicas para as famílias que perderam suas rendas com a crise.
Por todo seu esforço, Ieda Chaves foi reconhecida como a primeira-dama mais atuante de Porto Velho nos últimos 50 anos. Uma pesquisa empírica de uma confraria de intelectuais conferiu uma singela homenagem na noite de quinta-feira no tradicional recanto da boemia da capital, o Buraco do Candiru, onde a regra é alegria misturada com música, literatura e discussões acaloradas sobre os tempos sombrios em que vive nosso Brasil. Para materializar o sentimento de gratidão, uma estrela foi dedicada ao seu nome na calçada rio Madeira, onde há ilustres conhecidos do jornalismo e da literatura que emprestaram seu capital intelectual para fazer de nossa cidade um lugar melhor para viver.
Ieda agradeceu o reconhecimento público e prometeu ajudar ainda mais a quem precisa:
- “Ter o reconhecimento desses 36 intelectuais é algo que nos motiva ainda mais a continuar nosso trabalho. Nada foi programado, mas faço de coração porque gosto de gente, gosto do ser humano, e me deixa muito feliz!”.
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