Rondônia, 23 de novembro de 2024
Polícia

A farsa dos pais monstros de Rondônia

O crime parecia perfeito. Havia caído no esquecimento da população e assim, os autores poderiam fugir sem nunca mais serem importunados. Haviam esquecido um pequeno detalhe: o caso ganhou tanta repercussão, comoção e cobrança em cima da Polícia Civil que o suposto esquecimento era apenas aparente. Assim, quando a delegada Leisaloma Carvalho soube que os principais interessados na solução do desaparecimento do menino ARTHUR PIETRO NEVES DA SILVA estavam abandonando Porto Velho, concluiu que os bandidos poderiam estar dentro de casa.



Em depoimento à Polícia Civil, o desocupado Felipe Rogério disse que o filho, ARTHUR PIETRO NEVES DA SILVA, morreu após a queda de uma rede e que não o socorreu até uma unidade de saúde porque estava com medo. As investigações, no entanto, apontam para um crime premeditado, disse a delegada Leisaloma Carvalho, que descobriu a trama.

Rede

Em depoimento à Polícia Civil, o desocupado Felipe Rogério disse que o filho, ARTHUR PIETRO NEVES DA SILVA, morreu após a queda de uma rede e que não o socorreu até uma unidade de saúde porque estava com medo. As investigações, no entanto, apontam para um crime premeditado, disse a delegada Leisaloma Carvalho, que descobriu a trama.

Os policiais descobriram que Felipe Rogério e Conceição de Maria Neves da Silva, mãe de Arthur Pietro ficaram separados por mais de um ano após o nascimento do menino. Ela foi embora para o Maranhão, mas de lá impetrou uma ação cobrando pensão alimentícia. Como estava prestes a ser preso ele buscou a reconciliação, mesmo estando em outro relacionamento. O casal então voltou a se relacionar. Ele teve várias mulheres e um histórico de agressões.

Segundo as investigações, Arthur Pietro era constantemente agredido pelo pai. No dia em que foi morto, a mãe contou que estava em festa infantil e quando retornou o marido confessou ter matado o menino e escondido o corpo embaixo de uma cama, de um quarto pouco utilizado. Disse que pensou em denunciar, mas teria sido ameaçada. Ela própria ajudou o pai criminoso a jogar o corpo do filho nas margens da BR-364. Dissimulados, os dois participaram de campanhas da sociedade, que tentava localizar um anjinho de apenas três anos, que, infelizmente foi morto por quem o colocou no mundo. Somente dois dias após a morte, os criminosos procuraram a Polícia para informar o suposto desaparecimento.

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